Maioria de Comissão
de Ética vota por processar Geddel
Cinco membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da
República já
declararam apoio, nesta segunda-feira, à abertura de um processo contra o
ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O colegiado tem sete
membros. Apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente porque um
dos conselheiros pediu vista – o que adiará a decisão para o dia 14 de
dezembro. O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, informou que cinco
conselheiros declararam voto pela abertura de um processo após a denúncia feita
pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero – de que Geddel o pressionou para
liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador. Os
conselheiros podem mudar o voto até a decisão final, mas cinco deles pediram
para expressar suas posições de imediato. Também nesta segunda-feira, o secretário-executivo
do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, um dos
assessores mais próximos do presidente Michel Temer, não descartou que Geddel
venha a ser demitido.
Roberto Freire diz
que vai reformular a Lei Rouanet
De passagem pelo Recife para discutir a conjuntura
política local e nacional, o novo ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS),
afirmou que vai reformular a Lei Rouanet. Recém-empossado no cargo, em virtude
do pedido de demissão de Marcelo Calero, Freire disse ser favorável à política
de incentivo cultural. No entanto, ressaltou que a atua situação não pode
permanecer como está. A medida vem em meio a irregularidades apontadas pela
Polícia Federal durante ação para coibir repasses a empresas patrocinadoras de
projetos culturais. “Somos favoráveis a que exista uma política de incentivo
cultural, mas não cabe uma continuidade nos termos em que ela se encontra. Já
existe um projeto tramitando no Congresso Nacional que pede a reforma da Lei.
Vamos analisar o que ele propõe e discutir para saber se deve ter continuidade
ou se devemos elaborar outra ouvindo mais a população”, declarou.
Escritório de esposa faturou R$ 73 mi durante gestão Cabral
A receita do escritório Ancelmo Advogados, da mulher do
ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo,
chegou a 73,1 milhões de reais – um salto de 457% -, entre o início e o fim das
duas gestões do peemedebista no estado, entre 2007 e 2014. O lucro declarado
foi de 23,2 milhões de reais. Os dados constam de relatório da Receita Federal
na Operação Calicute que, deflagrada na quinta-feira, em parceria com a Lava
Jato, levou Cabral à prisão. Em 2007, primeiro ano do peemedebista no Executivo
fluminense, o escritório de Adriana Ancelmo recebeu 2.642.530,30 reais em
receita bruta. Sete anos mais tarde, em 2014, último de Sérgio Cabral no
Palácio Guanabara – que deixou o governo em abril daquele ano – o faturamento
da banca de Adriana bateu em 14.725.978,35 reais. Cabral foi preso em caráter
preventivo na Operação Calicute e Adriana foi conduzida coercitivamente –
quando o investigado é levado para depor e liberado – pela Polícia Federal.
MST ocupa entrada da
Assembleia Legislativa de MG em apoio a Pimentel
Cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem-Terra (MST) montaram acampamento nesta segunda-feira, 21, na entrada
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para pressionar deputados a não
votarem a favor da abertura de ação penal, no Superior Tribunal de Justiça
(STJ), contra o governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), investigado no
âmbito da Operação Acrônimo por corrupção. O MST é um tradicional aliado do PT.
Segundo o coordenador do movimento em Minas, Silvio Neto, o acampamento será
mantido na Assembleia até, no mínimo, a quarta-feira, 23, quando deverá ser
votado o pedido de abertura da ação contra o governador. "Nesse contexto
de golpe em que o País se encontra, estamos aqui para deixar claro aos
parlamentares que o povo de Minas Gerais exige respeito à democracia, e que a
receita nacional golpista não se aplicará em nosso Estado", disse Neto.
Clarissa Garotinho
pode ser expulsa do PR
O inferno astral da deputada federal Clarissa Garotinho
(PR) parece não ter fim. O pai dela, Anthony Garotinho (PR), foi preso na
quarta-feira (16). Na sexta (18), viu aos prantos a transferência dele do
Hospital Municipal Souza Aguiar ao Complexo Penitenciário de Bangu. E nesta
segunda-feira (21) ela pode ser expulsa de seu partido. O motivo: Clarissa
votou contra a PEC 241-55, que limita gastos públicos, e irritou seus pares.
Exceto ela, todos os deputados do PR aprovaram a proposta após fecharem questão
sobre o tema. A assessoria de imprensa do Partido da República confirmou que a
decisão da Executiva Nacional do Partido da República deve sair nesta
segunda-feira (21). Além disso, a deputada, que era cogitada como secretária do
recém-eleito prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), pode ficar sem o cargo.
Agora, pessoas ligadas ao partido do bispo dizem que a nomeação nunca passou de
especulação.
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