Quem manda nos EUA é Donald Trump!
O republicano Donald Trump venceu a eleição nesta
terça-feira e será o 45º presidente dos Estados Unidos, segundo as projeções da
imprensa americana. A vitória do magnata nova-iorquino marca o retorno dos
republicanos à Casa Branca após oito anos de poder nas mãos dos democratas, com
os dois mandatos de Barack Obama.
Aos 70 anos, o empresário e apresentador do reality show O
Aprendiz anunciou sua intenção de ser o representante do
Partido Republicano em junho de 2015. Durante sua trajetória de vida longe
da política, Trump deu continuidade à empresa de construção fundada por
sua avó e mantida por seu pai, Alfred. Ao assumir a empresa, em 1971, expandiu
o império e ficou famoso com a construção da Trump Tower, uma das obras mais
luxuosas de Manhattan.
Trump já havia ensaiado candidaturas à Presidência em
1988, 2000, 2004 e 2012, mas nunca quis (ou conseguiu) seguir em frente.
Em 2000, chegou a se apresentar como candidato nas primárias do Partido
Reformista, mas desistiu da corrida. Suas filiações políticas também flutuaram
ao longo dos anos: foi republicano, democrata, reformista e independente.
No início da campanha, dúvidas surgiram acerca das
intenções do magnata em, de fato, ser eleito presidente. Especulações iniciais
diziam que a candidatura era uma estratégia irreverente de aumentar sua
popularidade depois de uma queda de audiência em seu programa de TV. Com o
avanço da candidatura, porém, importantes dirigentes do Partido Republicano
passaram a criticar o magnata e deixaram claro que não o apoiavam – Mitt
Romney, que disputou a Presidência com Obama em 2012, chamou o empresário de
“fraude”.
Durante a campanha, dúvidas sobre a verdadeira fortuna de
Trump também vieram à tona. O republicano foi o primeiro candidato à
Presidência a não divulgar sua declaração de imposto de renda desde 1976. Ao
anunciar sua candidatura, afirmou que não precisaria do “dinheiro de ninguém”
para concorrer por ser “realmente rico”. A ideia não se concretizou: dos 512,2
milhões de dólares que a campanha recebeu, Trump doou 56 milhões. O Partido
Republicano foi responsável por 284,6 milhões de dólares e dois fundos de
doações arrecadaram, em conjunto, 291,5 milhões.
Em dezoito meses de campanha, a candidatura de Trump
foi marcada por comentários polêmicos, acusações de assédio sexual e de fraudes em seus
empreendimentos. Com a promessa de “fazer a América
grande novamente”, o bilionário atraiu eleitores ultraconservadores, que
queriam fugir dos políticos tradicionais e conquistou votos com ideias
extremas, como a construção de um muro na fronteira com o México.
Fonte: Revista VEJA
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