A vitória de quem
grita mais alto
O fato está se repetindo todos os dias. Estamos
assistindo, cada vez mais, grupos minoritários impondo sua vontade sobre
contingentes maiores de pessoas. É o poder dos menos contra os mais.
Agora mesmo, na questão envolvendo o Enem, como já tinha
ocorrido no dia das eleições de segundo turno, um grupelho de estudantes (?)
ocupa escolas estaduais e impede que 191 mil pessoas exerçam o direito de
entrar no prédio e prestar o exame que poderá abrir a porta para a
Universidade. Nas escolas, em cada uma, não mais do que 50 manifestantes
impondo sua vontade contra a de centenas de verdadeiros alunos, os que
realmente querem estudar e, se for o caso, protestar ao mesmo tempo, mas sem
impedir que as aulas prossigam.
O governo já anunciou que a despesa com as provas do Enem
sendo realizadas em dezembro, será em torno de R$ 12 milhões, dinheiro que sai
do bolso de todos nós e que, de certa forma, poderia ser aplicado na própria
educação, tão defendida pelos organizados, ou nem tanto, manifestantes.
Se alguém souber ou puder me explicar os motivos que
levam as autoridades responsáveis pela segurança e pela educação a admitirem
que uma minoria insignificante imponha sua vontade a vontade de uma maioria,
que me explique. Eu sigo não entendo como pode haver condescendência com pequenos
grupos que impedem o livre entrar e sair das escolas públicas daqueles que
querem estudar.
Ontem, em São Paulo, um grupo formado por 50 estudantes
(?) ocupou o prédio de uma universidade, se não estou enganado. Imediatamente a
Força Pública foi até o local, cercou o prédio, prendeu os manifestantes e
levou para uma delegacia de polícia. Não houve uso da força, mas da defesa do direito
dos demais estudantes usarem o prédio livremente.
Em Minas Gerais, os estudantes que querem estudar, que
são maioria, reagiram contra os que ocupavam um prédio público, ou seja, o de
uma escola pública, e fizeram com que saíssem, sem brigas, sem agressões,
apenas impondo a vontade da maioria. E as aulas, lamentavelmente contra a
vontade de alguns professores engajados na ‘luta’ dos minguados manifestantes,
voltaram a ser ministradas normalmente.
Ontem assisti a um vídeo feito pelo celular de alguém, do
interior de uma sala de aula onde os ‘manifestantes’ protestavam contra a PEC
241, que muitos nem sabem o que é e contra as modificações no ensino médio.
Pois assim como já havia ocorrido na Câmara Municipal de Porto Alegre, muitas
das ‘alunas’ estavam só de calcinhas e eram apalpadas pelos manifestantes, tudo
provavelmente como forma de protesto contra o governo. As cenas mostradas no
vídeo, mais pareciam de um filme pornô de última categoria, com atrizes do
mesmo naipe.
Enquanto isso, 191 mil pessoas, estudantes que buscam um
futuro melhor, mas sabem que terão que trabalhar para chegar lá, estão sujeitas
à vontade de um bando muito pequeno de futuros, ou atuais, marginais que certamente
não passariam num teste antidrogas.
Está mais do que na hora de acabar com este tipo de
protesto onde a força da minoria se impõe sobre a maioria. É preciso acabar com
a força dos que gritam mais alto!
Tenham todos um Bom Dia!
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