segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ELEIÇÕES - 3


Revista VEJA - PT é o principal derrotado do primeiro turno
Os resultados preliminares divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já indicam a tendência de vencedores e perdedores nesta eleição municipal de 2016. Entre os partidos brasileiros, o PSDB e PRB tiveram até agora crescimento significativo. Os tucanos já conquistaram 782 municípios, crescimento de 13% em relação a 2012. Entre os partidos médios, o PRB, ligado à Igreja Universal, foi outro a ter um crescimento significativo, de 32%. Em 2012, elegeu 76 e agora assumirá pelo menos cem prefeituras a partir de 2017.  
O PMDB, partido conhecido por sua capilaridade municipal, voltou a ser o partido com maior número de prefeitos eleitos no país. Foram pelo menos 1006 prefeitos eleitos pelo país.
A principal derrota, como esperado desde o início da eleição, foi o PT que elegeu até agora apenas 38% do total da eleição passada.  Em 2012, o partido foi o terceiro com o maior número de prefeitos eleitos. Neste ano, caiu para a décima colocação no ranking.  Parte dos votos da esquerda podem ter imigrado para o PCdoB, partido que obteve um crescimento de 45% em relação a 2012.

Salvador: reeleição credencia ACM Neto como líder nacional do DEM
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), reelegeu-se com folga neste domingo para mais quatro anos de governo na capital baiana. Mais do que revelar um reconhecimento da gestão do democrata, a vitória no primeiro turno aponta caminhos sobre o futuro da política baiana.
ACM Neto recebeu 73,99% dos votos válidos. Alice Portugal (PCdoB) ficou com 14,55%. Pastor Sargento Isidório (PDT), com 8,61%. Claudio Silva (PP), com 1,46%; Fábio Nogueira (PSOL), com 1,04%; Célia Sacramento (PPL), com 0,23%; e Rogério da Luz (PRTB), com 0,13%.
As pesquisas de opinião sempre mostraram a aprovação da gestão de ACM Neto, cujo símbolo maior foi o resgate de cartões postais de Salvador, com obras para recuperação da orla. Os adversários o acusaram de fazer poucos investimentos em áreas pobres e de preterir o combate à desigualdade social na capital baiana em prol de intervenções cosméticas. Não colou. Desde janeiro, Neto era apontado como prefeito mais bem avaliado entre treze capitais brasileiras pelo Instituto Paraná Pesquisas. E os adversários nunca ameaçaram sua liderança ao longo da campanha eleitoral.

MBL elege um prefeito e sete vereadores, mas não emplaca 82%
Uma das organizações que liderou os protestos pró-impeachment e contra a corrupção, o Movimento Brasil Livre (MBL) fracassou em 82% das tentativas de eleger representantes em sua primeira participação nas eleições. Foram oito candidatos eleitos e 36 não eleitos em todo o país. Em compensação, conseguiu um prefeito e sete vereadores, sendo dois deles em capitais.
O MBL não é um partido, mas indicou como seus representantes 44 candidatos – um deles a prefeito, e os demais a vereador. O levantamento considera apenas a lista divulgada oficialmente no site do MBL, apesar de integrantes do movimento terem entrado na campanha de outros candidatos, como o prefeito eleito de São Paulo João Doria (PSDB) – o tucano não foi indicado como integrante do grupo.
Para tentar se aproveitar da popularidade do grupo, alguns candidatos usaram como “sobrenome” eleitoral nas urnas a sigla MBL ou Brasil Livre. Mas não conseguiram sucesso.
Os maiores feitos foram a conquista da prefeitura de Monte Sião (MG) por José Pocai Junior, do PPS, com 43,28% dos votos válidos e as vagas no parlamento de Fernando Holiday (DEM), com 48.055 votos na Câmara Municipal de São Paulo (SP), e de Ramiro Rosário (PSDB), com 4.676 votos na Câmara Municipal de Porto Alegre (RS). Em Maringá (PR), Homero Marchese (PV) foi o vereador mais votado.

Candidata que errou o próprio número na campanha trocou 78 por 15
A candidata a vereadora Edilamar Quintão Pimentel (PTN-RO) foi a postulante que descobriu apenas no momento do voto que seu número estava errado. A candidatura de Edilamar foi registrada no 1º Cartório Eleitoral de Guajará-Mirim com o número 19 789.  Entretanto, os santinhos de Edilamar foram impressos por engano com o número 19 159, que, quando digitado na urna eletrônica, acusava candidatura inexistente.
Segundo o 1º Cartório Eleitoral, uma audiência pública foi realizada logo após o deferimento das candidaturas de Guajará-Mirim para resolver possíveis erros e alterações, mas a candidata não compareceu para verificar seu número. Edilamar, que fez toda a sua campanha com um número errado, não conseguirá receber nem o próprio voto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário