segunda-feira, 31 de outubro de 2016

BOM DIA!

Agora é com Marchezan!

Um pouco depois das 19 horas de ontem, Nelson Marchezan Jr (PSDB) viu seu nome  consagrado nas urnas como novo prefeito de Porto Alegre. A partir de 1º de janeiro de 2017, ele estará ocupando a cadeira de José Fortunati no Paço Municipal.

Mas não herdará apenas a cadeira, ficará com o ônus de todos os problemas comuns a quase todas as prefeituras do Brasil. Não terá uma tarefa fácil pela frente, muito pelo contrário.

Com 44 anos, Marchezan deixa a vaga de deputado federal para sua companheira de partido mas adversária em muitos pontos, Yeda Crussius. A ex-governadora é a primeira suplente da bancada tucana.

Entre os inúmeros problemas que o novo prefeito deverá enfrentar, eu destacaria um que não está na área administrativa, nem na financeira, nem na composição de seu governo. Marchezan terá que pensar, e muito, no alto índice de abstenção, nos números significativos de votos brancos e nulos. Tanto é verdade, que a soma deles supera o número de votos que o elegeu prefeito.

A abstenção em Porto Alegre chegou a 25,25% (277 mil), os votos nulos alcançaram 13,36% (109 mil) e os brancos 5,67% (46 mil). Comparando com os votos obtidos por Marchezan, temos um quadro que mostra 432 mil entre abstenção, brancos e nulos, contra 402 mil  votos válidos dados ao candidato do PSDB.

É incrível, mas de cada quatro pessoas com direito a votar, uma sequer compareceu ao local de votação. Um quarto dos eleitores preferiu ficar em casa, viajar ou simplesmente ignorar o processo eleitoral de ontem. Foram 277 mil votos que deixaram de ser colocados nas urnas, número maior dos que foram dados a Sebastião Melo, que obteve 262 mil.

A forte campanha dos partidários de Raul Pont e Luciana Genro pelo voto nulo, mais a pulverização dos votos de esquerda, acabaram por influir na decisão de um quarto dos eleitores.

Claro que votar em branco, anular o voto ou não participar da eleição, é um direito que a democracia oferece, mas será que é o melhor para o país, no caso para Porto Alegre, o mais recomendável? Incentivar eleitores a votar em branco, anular o voto ou não votar, contribui para que as coisas comecem a melhorar? Será que os que acham que apenas os candidatos de seus partidos podem ser governantes, estão contribuindo para a plenitude de uma normalidade no Brasil?

Nelson Marchezan Jr, muito graças a abstenção, votos nulos e brancos, além de seus méritos pessoais,  foi eleito prefeito de Porto Alegre. A partir de agora, como ficou demonstrado ontem, enfrentará a fúria dos que, já no primeiro turno, perderam a eleição. Para a turma dos que só olham com um olho, para os que pensam só com um lado do cérebro, a batalha está só começando. Como é costume estratégico dos que são contra tudo o que não está ao seu lado, até a cor da camisa ou da gravata do prefeito será motivo para críticas e protestos.

Será que os arautos do caos pensam que nos levarão a algum ponto positivo ou entendem que o que fizeram nos últimos anos, destruindo o Brasil, afundando nossa economia, aumentando a inflação e colocando 13 milhões de brasileiros na fila dos desempregados, é o que as pessoas de bom senso querem?

Torcendo para que a administração de Nelson Marchezan Jr seja a melhor possível para Porto Alegre, sou obrigado a lembrar ao futuro prefeito que, agora, é tudo com ele!

Tenham todos um Bom Dia!

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