Lixo tomou conta
da eleição em Canoas?
Quando a justiça pede a quebra de sigilo bancário de
alguém, normalmente existem serias desconfianças, para não dizer certezas, de
que algo muito grave está acontecendo em relação aos movimentos bancários desta
pessoa.
Quando se trata de um candidato a algum posto eletivo, aí
a coisa deriva para o caixa 2 e se complica ainda mais quando a quebra de
sigilo vem acompanhada de suspeitas, graves, em relação a quem ocupa cargos
eletivos.
Em Canoas, onde haverá eleição em segundo turno no
próximo domingo, as desconfianças do Ministério Público resultaram em pedido da
Justiça Eleitoral, para que fosse quebrado o sigilo bancário da candidata Beth
Colombo (PRB), atual vice-prefeita, do ex-coordenador de campanha, Guilherme
Ortiz, de sete empresas e de um empresário. A suspeita é de que haja
arrecadação ilegal para a campanha do Bloco Orgulho Municipal.
Um trecho do despacho do juiz eleitoral de Canoas dá a
dimensão exata do que está sendo questionado em Canoas:
“De tudo apurado
até aqui, ao que parece, estamos diante de um grande esquema de captação
ilícita de recursos, com utilização em peso da máquina administrativa
municipal, envolvendo o atual prefeito de Canoas, Jairo Jorge (coordenador
geral de campanha), a candidata Beth Colombo, o então tesoureiro da campanha e
ex-secretário de Desenvolvimento e Habitação, Guilherme Ortiz de Souza, o
candidato a vice-prefeito, Mario Cardoso, em conluio com diversas empresas
prestadoras de serviços à municipalidade, com o intuito de eleger os candidatos
Beth Colombo e Mario Cardoso”
Ontem (27) a PF cumpriu três mandados em gráficas de
Porto Alegre, Canela e Biguaçu (SC), tentando esclarecer suspeitas de caixa 2.
É bom lembrar que em setembro, no dia 26, a PF apreendeu
R$ 458 mil com o então tesoureiro da campanha de Beth, pedindo ao mesmo que
comprovasse a origem do valor, o que não ocorreu. Na semana passada, Ortiz
admitiu a responsabilidade pela captação do recurso, mas em benefício próprio e
sem conhecimento da candidata. A PF não aceitou as explicações e esclareceu que
a confissão sem a apresentação de comprovações, não serve como prova no
processo.
O envolvimento do atual prefeito Jairo Jorge (PT),
coordenador de campanha de sua vice, é considerada fundamental para a justiça
eleitoral, já que ele aparece como “mentor” do esquema, provavelmente envolvido
em repasses de dinheiro de empresas prestadoras de serviços municipais, para a
campanha de Beth Colombo. O ex-secretário de Desenvolvimento, Guilherme Ortiz,
seria o responsável pela arrecadação das verbas.
Fala-se em Canoas, que há muito sujeira na campanha, uma
alusão clara e direta à participação de empresas recolhedoras do lixo na
cidade.
Como era de se esperar, a candidata Beth Colombo jura que
não há nada de irregular na sua campanha.
Ela e o atual prefeito devem estar furiosos com “os
outros” provavelmente sejam os responsáveis pelo caixa 2. Como sempre, em se
tratando do partido do prefeito!
Tenham todos um Bom Dia!
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