Raios, trovões e
muita chuva!
Acordei, na madrugada, com o barulho de trovões, raios e
muita chuva. Era água que Deus mandava, como se diz lá em São Gabriel. Água para
ninguém botar defeito. Chuva de verdade.
Levantei para dar uma conferida nas janelas e aberturas e
olhei no relógio que marcava duas e vinte. Da janela, mesmo que pelas frestas da
veneziana, pude constatar que parecia que o céu estava desabando de tanta água.
Hoje pela manhã, fiquei sabendo que algumas zonas de
Porto Alegre acabaram inundadas. O velho problema da sujeira acumulada nas
bocas de lobo, aquelas que servem para escoar a água da chuva, voltou com força
em vários locais.
É impressionante como parte da população não consegue ter
consciência do mal que fazem quando jogam lixo nas ruas e calçadas.
Invariavelmente o material jogado no chão acaba sendo levado para os escoadouros
da chuva e a inundação de ruas e casas é questão de tempo.
Se alguém se deu o trabalho de olhar para algumas partes
do arroio Dilúvio, ao longo da Ipiranga, viu o lixo boiando sobre suas águas
barrentas. Uma correnteza de sujeira sendo levada para o Guaíba.
Fico me perguntando de que adianta a prefeitura realizar
um trabalho de limpeza, normalmente periódico do Dilúvio se em suas cabeceiras,
principalmente, as pessoas insistem em jogar de tudo. Garrafas de plástico,
lixo, colchões velhos, sofás e geladeiras já foram retirados, juntamente com
uma quantidade enorme de pneus usados, do leito do arroio que corre por toda a
extensão da Avenida Ipiranga.
Claro que a quantidade de chuva da madrugada foi
excepcional, mas será que se todos tivessem um mínimo de consciência, jogando o
lixo em lugares apropriados, o problema não seria menor?
Aliás, jogar lixo em lugar inapropriado parece fazer
parte da cultura de alguns brasileiros. Na rua onde tenho casa em Tramandaí
Sul, existe um terreno enorme, que já foi cercado não sei quantas vezes, desobstruído
por máquinas e caminhões da prefeitura, mas que não tem jeito. Chega o inverno
e carroceiros, agora identificados com placas pela prefeitura de Tramandaí,
enchem os veículos de toda a espécie de lixo e despejam, na maior sem
cerimônias da vida, em pleno espaço desobstruído pelo município.
Um dia fui reclamar e o carroceiro respondeu
agressivamente afirmando que ali era um espaço aberto. Quando perguntei se ele
gostaria que jogassem lixo ao lado de sua casa, quase partiu para a agressão
física. E voltou várias vezes, com a carroça carregada, para despejar montanhas
de lixo no terreno que fica quase ao lado da minha casa.
A temporada de férias está chegando, daí a prefeitura vai
lá, limpa o local, coloca placas de advertência e a gente, pelo menos durante o
verão, não vê carroceiros jogando lixo no terreno. Depois tudo volta ao normal.
Mas nosso problema, aqui, é com as bocas de lobo e se
torna mais preocupante quando ficamos sabendo, e vendo, que a chuva vai seguir
por todo o dia, com raios e trovões. Daí, meus amigos, é rezar para que as
regiões mais vulneráveis, não sofram com as inundações que seriam menores se
tanto lixo não fosse jogado nas ruas.
Tenham todos um Bom Dia!
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