Lá como aqui, ou vice
versa!
A campanha política nos Estados Unidos atingiu um nível
muito parecido com as mais condenáveis do mundo. Quem se dá ao trabalho de
assistir, pelo menos em parte, os debates entre Hillary Clinton e Donald Trump,
desiste no meio do caminho. É baixaria de todo o lado.
Entre acusações de milhares de e-mails deletados, emergem
informações de desrespeito às mulheres, palavras e declarações impublicáveis e,
se não bastasse, denúncia de mulheres que se dizem “tocadas intimamente”. Um
verdadeiro caos que alguns americanos estão fazendo força para engolir e, no
final, eleger quem for considerado menos ruim.
Agora mesmo, leio que analistas políticos nos Estados
Unidos, consideram esta a “mais degradante” das campanhas eleitorais
americanas. “nunca vimos algo assim”, disse um professor e historiador da
American University.
Mas não se preocupem, temos ainda, parece, mais um ou
dois debates e certamente coisas bem piores surgirão. Dá para se dizer que o
candidato que sair com os pés menos embarrados, será o vencedor.
Nada muito diferente das campanhas que acontecem por
aqui. Acusações, baixo nível e questões jurídicas na maioria das vezes. Só no
Rio Grande do Saul, por exemplo, onze municípios ainda não sabem quem será o
prefeito em 2017. Em todos eles, o Tribunal Regional Eleitoral está decidindo
se o mais votado tem ou não condições de assumir o cargo, a maioria por
problemas envolvendo a justiça. Fora os que, de alguma forma, partiram para
artimanhas que nem sempre são detectadas pela justiça.
Isso falando somente em candidatos que buscam ser
prefeito. Entre os que se elegeram vereador, a coisa, bem no fundo, esconde
muita verdade que não aparece, escondida debaixo dos tapetes.
Já nem falo na imundice da corrupção, da roubalheira, da
mentira, da lavagem de dinheiro, da formação de quadrilha. Nisto, parece que
alguns políticos brasileiros são especialistas. E o pior é que todos,
indistintamente, negam tudo, afirmam com a cara mais deslavada do mundo que são
inocentes, contratam advogados a peso de ouro, que juram que seus clientes só
não estão sentados ao lado direito de Deus por ainda estarem vivos. São
verdadeiros santos injustiçados pela perseguição de políticos, juízes ou da
imprensa.
Mas como somos um pais imenso, em vários lugares, como
aqui, por exemplo, as coisas se salvam e conseguimos manter a campanha num
nível bem aceitável. Porto Alegre parece ser um diferencial entre muitas
campanhas que se desenvolvem no Brasil.
Nos Estados Unidos, pelo menos, o voto é facultativo e a
escolha de candidatos obedece a uma série de requisitos bem diferentes dos
daqui, onde qualquer um pode se candidatar, dizer o que bem entende e, o que é
pior, se eleger. Além do voto ser obrigatório.
Que tempos estamos vivendo!
Tenham todos um Bom Dia!
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