Opositores marcham
nas ruas de Caracas
Com gritos de "esse governo vai cair",
opositores venezuelanos chegaram a Caracas nesta quinta-feira, 1.º, para
participar de manifestações com o objetivo de pressionar o Conselho Nacional
Eleitoral a realizar o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro
ainda neste ano.
Contando com manifestantes vindos desde a floresta
Amazônica até os Andes do oeste, a coalizão opositora Mesa de Unidade
Democrática (MUD) espera que um milhão de pessoas se reúnam para expressar sua
revolta com Maduro e a grave crise econômica da Venezuela.
Maduro, de 53 anos, diz que a
"Tomada de Caracas", como é chamada a marcha, disfarça um plano de
golpe de Estado fomentado pelos Estados Unidos semelhante à tentativa de
deposição de seu antecessor Hugo Chávez, em 2002, que não prosperou.
Repressão. Autoridades prenderam alguns ativistas
conhecidos na véspera do evento e 13 ativistas e apoiadores ainda estão sob
custódia, de acordo com um grupo de direitos humanos local. Policiais e
soldados adicionais estavam sendo posicionados nas ruas da capital, e se espera
que barreiras sejam montadas nas ruas.
Temendo a violência, especialmente levando em conta as 43
mortes vistas nos protestos anti-Maduro de 2014, muitos estabelecimentos
comerciais planejavam baixar as portas.
"Toda a Venezuela está se
mobilizando pelo direito ao voto e para derrotar a estratégia do medo e da chantagem,
com o objetivo de fazer a mobilização política mais importante da história
recente", disse o secretário executivo da MUD, Jesús "Chuo"
Torrealba.
"Temos que sair e lutar por uma Venezuela livre! Não
podemos mais aguentar isso", disse Elizabeth De Baron, secretária de 69
anos que partiu da cidade de Guarenas antes do amanhecer e dirigiu cerca de 40
quilômetros até Caracas.
Dezenas de indígenas caminharam centenas de quilômetros a
partir do Estado do Amazonas para as manifestações.
Agência Estado
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