Faltam só dois dias!
Pois é, está terminando uma campanha totalmente atípica
das diversas que participei ao longo dos meus 75 anos. Mais curta, mais pobre
e convenhamos, muito mais limpa em termos de lixo eleitoral espalhado pela
cidade. Não tivemos muros pintados, nem os famigerados cavaletes cobrindo
rótulas, esquinas, praças e avenidas. Carros com adesivos, muito poucos.
Aqueles com alto falantes, berrando musiquinhas e nome de candidatos, também
foram poucos. Não tivemos comício, o que ajudou muito para evitar aglomeração
de pessoas em muitas regiões da cidade.
Na realidade, o que se viu, e assim mesmo muito pouco,
foram bandeiras nas ruas, nas esquinas e nos carros. Só quem estava
verdadeiramente ligado a alguma campanha, participou de bandeiraços. Sem contar
o pessoal que ganha uns trocados para andar com a bandeira do candidato no
ombro ou balançar em alguma esquina ou ponto de movimento.
Os programas eleitorais gratuitos no rádio e televisão foram
mais curtos e já terminaram. Se houver segundo turno voltam, se não estou
enganado, por mais 20 dias, com tempos iguais para cada candidato.
A partir de hoje, somente caminhadas, bandeiras nas ruas,
adesivos em carros são permitidos. Provavelmente alguma pesquisa seja divulgada
nesta sexta-feira, depois só a de boca de urna. Por falar em boca de urna, toda
panfletagem, lançamento de santinhos nas proximidades dos pontos de votação e
tentativa de convencimento pessoal, está proibida no domingo. Se acontecerem,
aí a Brigada ou a Justiça Eleitoral devem ser acionadas.
Faltando dois dias para a eleição, tudo o que tinha que
ser feito de certo e, lamentavelmente, de errado, já foi feito. Os candidatos,
falando em Porto Alegre, tiveram uma atuação tranquila e, salvo honrosas exceções,
se portaram dignamente. O mesmo não se pode dizer de outras cidades e estados
onde, como coisa típica de país de terceiro mundo, pessoas burlaram, ou tentaram
burlar a lei com falsas doações de campanhas. CPF de pessoas mortas foram
usados, beneficiários do Bolsa Família contribuíram com milhões para candidatos
e até desempregado andou colaborando com candidaturas. Tem coisas que, no
Brasil, não adianta tentar arrumar. Sempre haverá algum ‘espertinho’
encontrando uma maneira de se beneficiar, ou pelo menos tentar.
Dito isto, meus amigos, é hora de refletir, pensar bem
sobre o que realmente queremos para o Brasil, especificamente para Porto
Alegre, para quem vota aqui, e digitar números certos na urna eletrônica. O
voto consciente pode ajudar a começar a mudança tão desejada por todos nós.
Tenham todos um Bom Dia!
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