A corrupção está no DNA
Até domingo, dia 2 de outubro, quando acontecem as
eleições para prefeito e vereadores, o brasileiro vai continuar vivendo o clima
de mais um pleito eleitoral. Pela primeira vez as campanhas estão sendo feitas
sob nova lei. Sem doação de empresas, os
candidatos, parece que a maioria deles, estão buscando soluções que
possibilitem cobrir os custos, quase sempre bem altos, das campanhas.
É exatamente aí que entra o famoso jeitinho brasileiro,
mas que no caso das campanhas, cheira muito mais a corrupção do que jeitinho.
Muitos candidatos estão recebendo doações de pessoas mortas, gente sem renda e,
pasmem, de beneficiários do Bolsa Família, ou seja, os que “estão deixando a
linha de miséria”.
Li num portal de notícias, hoje cedo, que um doador em
Goiás, sem renda declarada, repassou R$ 19 milhões para a campanha de um
candidato. Isto não seria nada se não fosse descoberto que, nada mais nada
menos do que 143 mortos doaram, até agora, R$ 272 mil. Além de tudo, 22.367
beneficiários do Bolsa Família contribuíram com R$ 22 milhões e um professor
universitário doou R$ 600 mil para campanhas. Na mesma notícia, li a informação
de que o TSE vai encaminhar os dados apurados para o MP e juízes eleitorais.
Se vai acontecer alguma coisa com os candidatos e/ou
partidos que receberam as doações, não se sabe. O que fica claro, para mim pelo
menos, é que a corrupção parece fazer parte do DNA de muitos brasileiros. Basta
que se faça alguma lei para que alguém descubra uma maneira, um jeitinho, para
burlar a legislação.
Como é que se pode imaginar alguém, sem renda declarada, sem
emprego, doando R$ 19 milhões para um candidato? E o CPF de 143 pessoas mortas
aparecerem em doações, além de um professor universitário, provavelmente
daqueles que fazem manifestações e greves por melhores salários, doando R$ 600
mil. Para finalizar, provavelmente o mais impressionante. Mais de 22 mil e 300
beneficiários do Bolsa Família, programa criado para que famílias tenham o que
comer, para retirar pessoas da linha de miséria total, doaram R$ 22 milhões
para candidatos no Brasil.
Definitivamente, em termos eleitorais, parece que nada se
resolve quando se permite que candidatos corruptos, pessoas sem as mínimas
condições morais, verdadeiros vigaristas políticos, busquem uma representação
no legislativo e, o que é pior, no executivo.
Tomara que as autoridades tomem providências imediatas e
afastem os corruptos das campanhas, tornando as eleições mais limpas e
decentes.
Se bem que desejar eleições limpas no Brasil, é sonhar com uma
realidade que não existe.
Tenham todos um Bom Dia!
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