quarta-feira, 28 de setembro de 2016

BOM DIA!

Lembrança de dois ídolos!

Meu amigo Alveci Lucas, marido da Márcia, que além de síndica do condomínio onde moro é quem determina as coisas dentro de casa, mesmo que o Lucas diga que é ele, me lembrou, hoje bem cedo, de dois grandes nomes da música tradicionalista do Rio Grande do Sul com quem tive o prazer de trabalhar no meu tempo de rádio.

Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha “Rei do disco”, foi meu colega de Rádio Gaúcha. Eu fazia parte da turma do esporte e ele apresentava, bem cedo, seu tradicional Teixeirinha Amanhece Cantando, ao lado da Mary Terezinha. Um sucesso como poucos que já tive a oportunidade de ver no rádio do Rio Grande do Sul.

O Jodoé de Souza e eu produzíamos um programa chamado Futebol por música, que recebia muitas cartas de ouvintes com sugestões, elogios e críticas. Um dia, o Jodoé resolveu dizer que a gente recebia mais cartas que o Teixeirinha. Foi o que bastou para provocar a ira do grande cantor.

Dois ou três dias depois, ele entrou na redação de esportes com dois sacos cheios de cartas, jogo no chão e perguntou: “E aí, Jodoé, quem é que recebe mais cartas?”. Ele estava sério, mas nós que sabíamos da brincadeira, caímos na risada. Explicamos tudo e seguimos numa boa, ele cantando seus sucessos e nós tocando o esporte.

Na Rádio Farroupilha, trabalhei com o José Mendes, que estava começando a fazer sucesso. Foi quando gravou o Para Pedro que começou a se tornar o grande ídolo da música regionalista. Logo depois veio o Não aperta Aparício e ele se consolidou como um dos grandes nomes do tradicionalismo. Seus shows eram uma festa alegre  que sua música divertida e irreverente provocava em quem assistia.

Morreu cedo, o José Mendes. Foi um acidente de carro na volta de um show no interior. Uma notícia que pegou de surpresa e encheu de tristeza a todos nós, seus colegas de Farroupilha.

O Almir Ribeiro, locutor dono de uma voz maravilhosa, tanto que seu apelido era “o Roncador”, pelo timbre grave que colocava em suas falas, me chamou, pegamos a unidade móvel da Farroupilha e fomos para a BR 290 esperar a chegada do corpo do Zé Mendes. Foi um momento muito triste que acompanhei com muita emoção.

Hoje, passados tantos anos, o Lucas me lembrou deles e eu lembrei de falar um pouco destes artistas que tanto dignificaram a música do Rio Grande do Sul.

Devem estar cantando, juntos, em algum outro plano do universo.

Tenham todos um Bom Dia!

Um comentário:

  1. Fantástico, esses mitos, que assim chamo, da nossa música regional, souberam muito bem colocar sentimentos e histórias dentro de música, que marcaram e marcam ainda muito nossos corações e de nossas gerações. Obrigado Sr João pelo post.

    ResponderExcluir