Candidato do PT vira réu em dois processos
João Paulo (PT) - Foto:Reprodução |
O candidato à prefeitura do Recife e ex-deputado federal
João Paulo (PT) virou réu em dois processos por improbidade administrativa nas
últimas semanas.
Nesta terça-feira, a Primeira Câmara de Direito Público do
Tribunal de Justiça de Pernambuco acatou por unanimidade de votos uma apelação
do Ministério Público e recebeu uma ação de improbidade contra João Paulo por
uma viagem de dezoito dias à China, Japão, Índia e França, em outubro de 2007,
paga com dinheiro do contribuinte, quando ele era prefeito da capital
pernambucana.
Para a acusação, o então prefeito João Paulo, com uma
motivação genérica, com aparência de legalidade, promoveu um verdadeiro turismo
de eventos, implicando gastos de 259.717 reais aos cofres públicos sem qualquer
efeito concreto em favor da população.
A investigação teve origem num pedido de informações da então
vereadora Priscila Krause (DEM), que hoje é pré-candidata à prefeitura do
Recife.
Na semana passada, o juiz Haroldo Carneiro Leão, da Oitava
Vara da Fazenda Pública de Pernambuco, recebeu outra ação de improbidade contra
João Paulo.
Na prefeitura, ele contratou o Instituto de Pesquisas Sociais
Aplicadas, sem licitação, no valor de 3,8 milhões de reais. Segundo o juiz,
“fortíssimos são os argumentos trazidos” pelo Ministério Público, “devendo
todos eles ser exaustivamente instruídos com vista à defesa do patrimônio
público e moralidade pública”.
Para os promotores Charles Hamilton Lima e Eduardo Cajueiro,
que ajuizaram a ação em 2010, as dispensas de licitação atentaram contra “os princípios
norteadores da Administração Pública” da legalidade e da impessoalidade. Por
isso, pedem que o candidato perca seus direitos políticos por até cinco
anos e pague uma multa civil equivalente a cem vezes à sua remuneração como
agente público na ocasião.
João Paulo, que está tecnicamente empatado em primeiro lugar
com o atual prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB) nas pesquisas de intenções
de voto, nega qualquer irregularidade e diz “estar tranquilo” em relação aos
processos.
Fonte: veja.com
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