quinta-feira, 21 de julho de 2016

BOM DIA!

Ensino de qualidade?

Está no ar um comercial do Cpers/Sindicato, na emissora que é líder em audiência, ou seja, a que deve cobrar mais caro, sobre a greve, as escolas públicas, as invasões e o ensino, chamado de qualidade.

Destaca-se, no comercial, o fato de que a entidade decidiu, depois de oito semanas (56 dias) acabar com a greve que demonstrou a força da democracia pregada pelo Cpers “em defesa de uma escola pública gratuita e de um ensino de qualidade”. Democracia?

É só pensar um pouco. Os profissionais ligados ao Centro liderou um movimento que, inicialmente, tinha por objetivo melhorar as condições salariais do magistério, coisa que não fez durante os governos ligados aos partidos de preferência de alguns diretores e professores, demonstrando claramente a politização da greve. Não conseguiram nada.

Diante da impossibilidade de ver seus pleitos atendidos, diante da penúria escancarada dos cofres públicos, raspados pelos governadores eleitos pelos partidos que defendem, partiram para outros enfrentamentos, inclusive coordenando invasões a escolas públicas e prédios da administração estadual.

Democraticamente (?) exigiram, para encerrar a greve, que os dias parados não fossem descontados de seus salários, isto é, tiveram uma folga de 56 dias e nem falam em compensar os dias parados com um trabalho extra, durante as férias, por exemplo.

Agora, brigam para preparar um tal de calendário de recuperação das matérias que não foram ministradas aos alunos durante a paralisação. Saliente-se que a grande maioria dos estudantes só não estava em aula por decisão do Cpers/Sindicato que determinou que os professores, inclusive os que desejavam dar aulas, ficassem em casa, enquanto as lideranças (?) provocavam o governo.

O problema atual é a adaptação dos dias necessários para a recuperação do conteúdo não aplicado, ao calendário escolar. Os grevistas, pelo menos os que comandam as greves e invasões, não admitem perder um só dia de férias e já buscam explicações, entre as quais as de que são somente por volta de 30 dias sem aula, o resto foi de finais de semana e feriados.
E já organizam um calendário prevendo aulas em alguns sábados, o que significa dizer que a matéria que deveria ter sido ensinada em 30 dias, chegará aos alunos em, no máximo, duas ou três aulas.
Mas o comercial do Centro dos Professores, fala em “defesa de um ensino de qualidade”. Mas que qualidade pode ser oferecida em tempo precário, em aulas enjambradas em finais de semana? Vamos falar mais sério, gente.

Se o Cpers/Sindicato fosse realmente uma entidade séria, sem vinculações políticas, estaria agindo clara e abertamente, mostrando aos pais dos alunos prejudicados, que a greve foi um movimento em defesa da qualidade, tanto de escolas como de conteúdo, e divulgaria o quanto está gastando em comerciais que visam, única e exclusivamente, dar visibilidade a uma ação que tem por finalidade expor os interesses políticos e partidários de seus dirigentes.

Que os professores ganham mal, não tenho duvidas, mas este é um assunto que deve ser cobrado de todos os governantes, não apenas daqueles que não comungam da cartilha do Cpers/Sindicato.

Tenham todos um Bom Dia!

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