Tesouro faz nova proposta de desconto escalonado para
dívida dos Estados
O Tesouro Nacional apresentou nesta
segunda-feira aos secretários estaduais de Fazenda uma nova proposta de
desconto no pagamento das parcelas mensais das dívidas dos Estados com a União.
Agora, o governo federal propõe que os valores tenham uma recomposição diluída
por um prazo maior, voltando ao montante original apenas em julho de 2018. A
medida teria impacto, portanto, nos orçamentos dos próximos dois anos. De
acordo com uma fonte que está presente à reunião, o Tesouro voltou a oferecer
um desconto de 100% da parcela da dívida dos Estados em julho deste ano. Mas,
ao invés desse desconto diminuir 5 pontos porcentuais a cada mês até chegar a
zero em 18 meses, como estava na última proposta do Ministério da Fazenda, a
sinalização agora é por um período mais longo de transição até que os Estados
voltem a pagar a parcela integral. Os governadores vão "bater o pé"
no pedido de carência de 24 meses. Isso significaria manter o desconto em 100%
até a metade de 2018.
Tarifas dos Correios serão reajustadas em 10,6%
O Ministério da Fazenda autorizou reajuste das tarifas
dos serviços postais e telegráficos, nacionais e internacionais, prestados
exclusivamente pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e
determinou que o Ministério das Comunicações aplique um aumento linear de até
10,641% sobre todo o rol de tarifas e preços públicos cobrados pela empresa nos
serviços postais de monopólio. Sem dinheiro em caixa até para pagar salários de
empregados, os Correios esperavam esse aumento nas tarifas desde abril. O
represamento do preço das tarifas de serviços pelo governo para evitar impactos
na inflação seria um dos principais fatores do prejuízo da estatal. Mesmo com o
reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 às tarifas de entrega
de cartas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos
Correios no ano passado. Também apesar do reajuste de 2015, os cálculos são de
que as tarifas ainda continuavam defasadas em torno de 8%.
Maranhão retira manobra que poderia reverter cassação de
Cunha
O presidente interino na Câmara dos Deputados, Waldir
Maranhão (PP-MA), voltou a recuar de suas próprias decisões: nesta
segunda-feira, retirou uma consulta que ele mesmo apresentou e que teria como
pano de fundo ajudar o seu antecessor, o presidente afastado da Casa, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), a escapar da cassação. A consulta foi encaminhada por Maranhão
à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no final de maio. O documento trazia
uma série de questionamentos sobre qual deveria ser o rito durante a votação de
um processo de perda do mandato em plenário e já preparava uma manobra para
livrar Cunha. O objetivo era impedir que fossem apresentadas emendas
prejudiciais a Cunha, enquanto o conselho trabalharia para aplicar uma pena
mais branda do que a cassação. A estratégia era aprovar, por exemplo, apenas a
suspensão do mandato, medida que não poderia ser endurecida durante a votação
final.
Arrependido,
agora Renato Duque quer falar
Depois de fracassar na tentativa de fechar acordo de
delação premiada com o Ministério Público Federal por
só querer apontar “os pecados” dos outros, o ex-diretor de
Serviços da Petrobras Renato Duque está disposto a se declarar
“pecador”. O problema é que o MPF, agora, resiste a aceitar. Por
isso, os advogados de Duque vão tentar convencer o juiz Sergio Moro de que ele tem informações relevantes
a passar.
Governo faz varredura na área social para evitar fraudes
Com uma conta de 550 bilhões de reais por ano para pagar
em benefícios sociais, o governo fará uma varredura completa para encontrar
pessoas que acumulam benefícios ou que não deveriam ser contempladas pelas
regras dos programas. O super cruzamento de dados foi determinação do Ministério
do Planejamento, disse o ministro interino da Pasta, Dyogo Oliveira. Todos os
ministérios responsáveis por cada uma das ações terão que abrir suas bases de
dados para os demais órgãos, excetuando informações protegidas por sigilo
fiscal. A medida vai possibilitar, por exemplo, descobrir quem recebe Bolsa
Família e também embolsa o abono salarial ou um benefício do seguro-defeso
(benefício pago a pescadores artesanais no período da piracema) que também é um
microempreendedor individual. "Se economizarmos 1%, já é muito. Com 5,5
bilhões de reais, já conseguimos pagar quase um programa inteiro.Com certeza,
teremos impacto já este ano, mas é difícil estimar o tamanho das fraudes em
cada um dos programas", afirmou Dyogo.
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