Grupo tem 30 dias para discutir
O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), montou
nesta segunda-feira um grupo de trabalho com representantes de centrais
sindicais e do governo federal para discutir e elaborar, em até 30 dias, uma
proposta de alteração na Previdência Social. A proposta foi apresentada por
Temer para sindicalistas em uma reunião encerrada na tarde desta segunda-feira,
no Palácio do Planalto, da qual participaram ainda os ministros Eliseu Padilha
(Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).
Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), o grupo será formado por
dois representantes de centrais sindicais, representantes do governo e coordenado
por Padilha. Além da Força Sindical, indicarão nomes as Centrais Sindicais
Brasileiras (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não participaram do encontro
por serem contrárias ao governo Temer, mas também poderão indicar nomes ao
grupo trabalho, se quiserem.
"O presidente disse que tem urgência em resolver
essa questão da Previdência. A primeira reunião de grupo de trabalho da
Previdência será na quarta-feira, às 9 horas", explicou Paulinho. De
acordo com o deputado federal, Temer abriu a reunião dizendo que o modelo do
governo dele é de negociação e discussão e, portanto, não abriu espaço para ministros
expressarem opiniões pessoais sobre o tema.
"Não daria para (o ministro da Fazenda, Henrique)
Meirelles falar nada de diferente dele (Temer)", afirmou Paulinho, numa
referência às declarações do ministro sobre a necessidade de uma reforma da
Previdência. "Não vamos aceitar mudanças nos direitos adquiridos de quem
está no mercado de trabalho. Podemos discutir mudanças na Previdência para os
que chegam ao mercado de trabalho", admitiu Paulinho.
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