terça-feira, 17 de maio de 2016

Direitos Humanos

Professora da PUC assumirá secretaria

A procuradora e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Flávia Piovesan disse ter aceito o convite do presidente em exercício, Michel Temer, para assumir a Secretaria de Direitos Humanos. "O meu partido é a luta pela causa. Não tenho qualquer filiação partidária. Meu desafio é trazer contribuição para garantir avanços e evitar retrocessos", afirmou nesta tarde de terça-feira.

Ela já comunicou à equipe de Temer sua decisão e deve viajar a Brasília na próxima semana. A intenção da nova responsável pela área é priorizar avanços em discussões sobre combate à violência contra a mulher, reforço a políticas afirmativas para negros - ela é uma defensora das políticas de cotas, por exemplo -, cuidados com a proteção às terras indígenas e debate sobre diversidade sexual. Em sala de aula, a professora da PUC costuma defender que a sociedade enfrente "conservadorismos" para avançar nas garantias a direitos fundamentais.

À frente da secretaria, promete dialogar com movimentos sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão. "O momento é nervoso, é difícil, mas vamos fazer o diagnóstico de quais são as prioridades. Vamos diagnosticar onde estamos e lançar estratégias buscando avançar na luta emancipatória", afirmou Piovesan.

Considerada no meio jurídico como uma das principais expoentes da defesa dos direitos fundamentais, Piovesan minimizou o fato de Temer ter feito uma composição majoritariamente masculina para a composição do governo interino. "É fundamental fazer avançar a democratização dos espaços de poder e fico muito feliz por ele ter nomeado ineditamente uma primeira mulher para chefiar o BNDES. E aguardo que outras sejam nomeadas", afirmou, questionada sobre o assunto.

Piovesan já foi cotada, durante governos do PT, para a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
(Agência Estado)

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