Professora da PUC assumirá secretaria
A procuradora e professora da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP) Flávia Piovesan disse ter aceito o convite do
presidente em exercício, Michel Temer, para assumir a Secretaria de Direitos
Humanos. "O meu partido é a luta pela causa. Não tenho qualquer filiação
partidária. Meu desafio é trazer contribuição para garantir avanços e evitar
retrocessos", afirmou nesta tarde de terça-feira.
Ela já comunicou à equipe de Temer sua decisão e deve
viajar a Brasília na próxima semana. A intenção da nova responsável pela área é
priorizar avanços em discussões sobre combate à violência contra a mulher,
reforço a políticas afirmativas para negros - ela é uma defensora das políticas
de cotas, por exemplo -, cuidados com a proteção às terras indígenas e debate
sobre diversidade sexual. Em sala de aula, a professora da PUC costuma defender
que a sociedade enfrente "conservadorismos" para avançar nas garantias
a direitos fundamentais.
À frente da secretaria, promete dialogar com movimentos
sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão. "O momento é
nervoso, é difícil, mas vamos fazer o diagnóstico de quais são as prioridades.
Vamos diagnosticar onde estamos e lançar estratégias buscando avançar na luta
emancipatória", afirmou Piovesan.
Considerada no meio jurídico como uma das principais
expoentes da defesa dos direitos fundamentais, Piovesan minimizou o fato de
Temer ter feito uma composição majoritariamente masculina para a composição do
governo interino. "É fundamental fazer avançar a democratização dos
espaços de poder e fico muito feliz por ele ter nomeado ineditamente uma primeira mulher para chefiar o BNDES. E
aguardo que outras sejam nomeadas", afirmou, questionada sobre o assunto.
Piovesan já foi cotada, durante governos do PT, para a
uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
(Agência Estado)
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