quarta-feira, 4 de maio de 2016

BOM DIA!

Quando a esmola é demais, o santo desconfia!

Estamos vivendo, nos últimos dias, uma verdadeira campanha daqueles que são contra o impeachment, dos petistas e de membros do governo, em defesa da honra e da inocência da presidente Dilma Rousseff que, até prova em contrário, sempre foi uma pessoa que se manteve à margem de todos os escândalos proporcionados por companheiros seus.

Dilma sempre se colocou na posição de injustiçada, de perseguida e de vítima de um golpe armado para derrubá-la. Negou sempre, com veemência, qualquer participação em atos de corrupção envolvendo seus mandatos.

Seus discursos sempre enfatizaram que “havia um golpe em andamento para que seu impeachment fosse aceito, mesmo que nada houvesse de crime em seus atos”. Afirmando ser vítima de uma grande injustiça, gritou ao mundo que era honesta, digna e incorruptível.

Desde ontem (3), as coisas começaram a tomar um outro rumo, principalmente depois das medidas anunciadas pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, envolvendo o nome da presidente da República e de alguns assessores diretos dela, além do ex-presidente Lula e do Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Janot encaminhou ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma, Lula e Cardozo por suspeita de obstrução da Operação Lava Jato.

Ninguém esqueceu do telefonema de Dilma avisando ao ex-presidente que alguém estaria levando uma cópia, sem assinatura, do termo de posse dele na Casa Civil, “para ser usado em caso de necessidade”. Ninguém esqueceu, também, que Lula agradeceu e se despediu com o famoso “tchau querida”.

Para o procurador, as ações de Dilma estavam inseridas num esquema para ‘tumultuar’ o andamento da apuração de desvios na Petrobras, retirando do juiz Sérgio Moro a condução das investigações, garantindo foro privilegiado para Lula.

Uma nova lista de denunciados, encaminhada por Janot, destaca amigos pessoais e colaboradores diretos da presidente que segue se dizendo honesta e injustiçada. Lula, Jaques Wagner, ministro do Gabinete Pessoal da Presidente, Ricardo Berzoini, da Secretaria Geral do Governo, Edinho Silva, da Comunicação, Giles Azevedo, Assessor Especial da Presidência, Antônio Palloci, ex-ministro da Casa Civil, Erenice Guerra, Ex-ministra da Casa Civil, todos intimamente ligados à presidente Dilma.

No momento em que se grita em todo o Brasil que o pedido de impeachment é um golpe, tendo em vista a não participação da presidente em ilícitos, parece que tudo vai caindo por terra quando a própria PGR pede investigação sobre seus atos. Tudo tende a tomar um novo rumo a partir dos pedidos de Janot.

É aquela velha história: quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Tenham todos um Bom Dia!

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