sexta-feira, 13 de maio de 2016

BOM DIA!

Querem o que, afinal?

Desde ontem (12) a presidente Dilma Rousseff (PT) está afastada por decisão, primeiro da Câmara e depois do Senado Federal, num processo avaliado pelo STF como legal, tanto que o presidente do Supremo presidirá os trabalhos de julgamento da presidente daqui prá frente.
Durante não sei quantos meses, as redes sociais, os jornais, as revistas, os portais de notícias, foram inundados por manifestações, entrevistas e notícias de pessoas ligadas ao governo, simpatizantes ou militantes, afirmando que o processo de impeachment era, na verdade, um golpe contra a democracia. Alegaram, entre muitas outras coisas, que a presidente fez mais de 54 milhões de votos, esquecendo, quem sabe propositalmente, que quem votou em Dilma votou em Temer, tanto que a foto dos dois aparecia no painel da urna eletrônica. Quem não aceitasse Temer, teve a oportunidade de não votar nele.
Então, os mesmos 54 milhões de votos em Dilma foram direcionados a Temer, já que ambos faziam parte da mesma chapa. Admito que muitos não queriam Temer, mas votaram nele pois não queriam deixar de votar em Dilma. Mas admito também, que muitos peemedebistas votaram em Dilma para não deixar de votar em Temer.

A campanha dos governistas, simpatizantes e militantes, envolvia cartazes e faixas afirmando que os cartazes com ‘Fora Dilma” faziam parte do golpe tramado pela oposição, pelos coxinhas.Pedir o afastamento da presidente, era golpe.

Agora, menos de 24 horas depois que a presidente foi afastada, surgem faixas, cartazes, declarações de políticos, simpatizantes e militantes, afirmando ‘Fora Temer’ e ‘Temer Golpista’. Isso sem contar as críticas contra o primeiro discurso do presidente interino do Brasil, que por não ter dito o que Dilma e Lula sempre disseram, foi taxado de golpista, contra o povo, contra o trabalhador e suas conquistas e não sei mais o que. Pedir o afastamento de Temer, não é golpe?

Devem ter ficado furiosos com o fato de Michel Temer ter afirmado que vai manter todos os programas sociais, principalmente os que tiveram origem em ações vindas do governo FHC. Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Fies, Pronatec, entre outros, terão continuidade e passarão por reajustes que impeçam que sejam apenas programas político e eleitoreiros, verdadeiros caça votos.

Numa ação orquestrada e anunciada pelo próprio Lula, iniciaram uma campanha de tentativa de desestabilização do governo criticando todas as ações de Temer, a partir da formação de seu ministério que, se não é o ideal, pelo menos é muito, mas muito menor que o da presidente petista.

Lendo, assistindo e ouvindo quem até ontem fez parte do governo, tenho a sensação clara de que jamais estiveram ao lado dos brasileiros, muito pelo contrário, sempre pensaram exclusivamente em manter o poder nas mãos, a qualquer custo. Se não fosse assim, esperariam que o tempo mostrasse se as ações do novo governo, pelo menos nos 180 dias de afastamento oficial da presidente, serão positivas ou não. Desejar que tudo de errado, trabalhar para que o caos permaneça, duvidar de tudo e de todos, é querer o pior para o Brasil. O quanto pior melhor que eles afirmavam que havia e condenavam, passou a ser lema para os que perderam as boquinhas federais.

Se tivessem um mínimo de patriotismo, de amor pelo Brasil, diriam , com palavras claras o que realmente querem. Não dizem. Querem o que, afinal?

Tenham todos um Bom Dia!

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