PF prende ex-senador Gim Argello
Começo com a decisão da Comissão Especial da Câmara
Federal que, por 38 votos contra 27, decidiu encaminhar o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) para votação em plenário.
Depois de quase 10 horas de debates, discussões,
agressões verbais e muita gritaria, provavelmente cansados de tantos discursos,
os deputados resolveram votar e aplicaram uma derrota maior do que a que o
governo esperava.
Surpresa até para os favoráveis ao impeachment que imaginavam
35 votos e conseguiram 38. Mesmo afirmando que o resultado estava dentro das
previsões, o governo deve ter ligado o sinal de alerta já que a votação em
plenário ficou mais complicada.
E na manhã de hoje, foi deflagrada a 28ª operação da Lava
Jato, denominada de Vitória de Pirro, uma alusão ao fato de que os presos
pensaram ter vencido a guerra contra a justiça, mas tudo não passava de uma
simples batalha.
Dizem os procuradores da Lava jato, que existem fortes
indícios de que Gim Argello, vice-presidente da CPI da Petrobras em 2014,
teria exigido propinas que viraram doações oficiais (?) de campanha, para que empresários
não fossem obrigados a depor na Comissão.
As CPIs, já que foram duas, uma da Câmara e outra do
Congresso, foram abertas depois que a presidente Dilma, como presidente do
Conselho da Petrobras, autorizou a compra da Refinaria de Pasadena, considerado
um dos piores da história da companhia.
A “Vitória de Pirro” é fruto da delação premiada do
senador Delcídio do Amaral que afirmou ter o ex-senador Argello atuado para que
o empreiteiro Ricardo Pessoa não fosse depor na CPI da Petrobras.
Delcidio disse que eram feitas reuniões semanais entre
executivos e congressistas, quando eram discutidos requerimentos da CPI e a
estratégia para derrubá-los. O delator disse que os encontros ocorriam normalmente,
na casa de Gim Argello, que seria o coordenador do grupo que pedia dinheiro aos
empreiteiros.
Os presos, e são muitos, nesta fase da Lava Jato, estão
sendo encaminhados para Curitiba onde conversarão de perto com o juiz Sérgio
Moro.
Junte-se a votação na Comissão Especial que autoriza o
prosseguimento do processo de impeachment da presidente, as prisões em mais uma
operação da Lava Jato e o ‘vazamento’ do discurso de Michel Temer, antecipando
o que diria após chegar à presidência, podemos afirmar, sem errar, que o Brasil
nunca viveu um momento tão tristemente especial como o que vem ocorrendo neste
começo de semana.
Tenham, todos, um Bom Dia!
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