quarta-feira, 20 de abril de 2016

Bom Dia!

É uma brasa, mora!

Quem viveu os anos 60 certamente vai lembrar do famoso bordão que Roberto Carlos, no programa Jovem Guarda, repetia sempre que algum de seus convidados era anunciado para cantar mais um sucesso daqueles inesquecíveis anos.

O auditório do Teatro Record vibrava quando ele apontava o dedo e anunciava “o meu amigo Erasmo Carlos”, ou Wanderlea, Os Vips, Rosemari, Ed Wilson e tantos outros que embalaram as inesquecíveis tardes de um rock and roll puro, sem malícias, sem a contaminação que acabaram sofrendo seus maiores interpretes.

“Minha caranga é maquina quente”, cantava o Rei enquanto Wanderlea pedia “senhor juiz, pare agora” e Erasmo, o Tremendão, anunciava que “um dia gatinha manhosa eu prendo você”. Na plateia, jovens cabeludos, com roupas iguais a da turma da Jovem Guarda, cantavam e dançavam ao som das músicas que embalaram muitos bailinhos de garagem, muitas reuniões dançantes e que foram responsáveis por paixões que acabaram em casamento.

Lembrei de tudo isso quando me dei conta que ontem, dia 19 de abril, o Rei Roberto Carlos completou 75 anos com um grande show no estádio da cidade de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, sua terra Natal. Lá, diante de uma plateia imensa, afirmou com o mesmo sorriso malicioso que alegrava o programa Jovem Guarda que estava completando 57 e não 75 anos.

Roberto é um fenômeno desde os tempos de TV Record. Irreverente, ao cantar “quero que vá tudo pro inferno”, malicioso ao contar que “estou amando loucamente, a namoradinha de um amigo meu”  moderno e romântico quando precisou ser, ou quando sentiu que o rock já não combinava mais com sua idade e declarou que “só você amada amante, faz da vida um instante, ser melhor para nós dois”.

Aliás, a fase romântica de Roberto Carlos transformou o roqueiro em interprete favorito do Brasil, principalmente das mulheres que lotam até hoje seus shows, encantadas com seu carisma, sua voz e cheias de esperança de receber uma rosa vermelha jogada pelo ídolo setentão.

Roberto Carlos é daquelas pessoas que parecem eternas. Ninguém consegue imaginar que um dia RC deixará milhões de fãs imensamente tristes com sua partida. Quem curte Roberto desde os anos 60, não imagina que ele possa ser igual a todos e abandonar uma vida que sempre adorou viver.

Em junho, também vou completar 75 anos e, mesmo sem ter multidões me adorando, quero seguir vivendo e, quem sabe como o Rei, gritar para todos que a vida “é uma brasa, mora”!

Tenham todos um Bom Dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário