Governo só
entrega cargos depois da votação
Foto: Reprodução |
Com receio de
traições de aliados, integrantes da cúpula do governo estudam estender o balcão
de negociações dos cargos até a votação, no plenário da Câmara, do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. A previsão inicial é de que o
afastamento da petista seja discutido pelos 513 deputados a partir do próximo
dia 15 de abril. De acordo com integrantes do governo, a ideia aventada é
"amarrar" os acordos com o chamado centrão ( PP, PSD, PR e PRB) e
entregar os cargos apenas depois da votação. Dessa forma, o governo poderia
diminuir os riscos de ser traído.
Segundo
lideranças envolvidas nas tratativas, o receio é de que, diante de um alto
número de dissidentes nesses partidos, o governo não teria tempo para realizar
uma nova reforma ministerial em apenas dois dias, prazo que o processo de
impeachment deve sair da Comissão Especial e ser votado em plenário. Apesar das
discussões dentro do governo sobre o tema, não há consenso em torno da proposta
de estender as negociações, já que outra corrente de assessores diretos da
presidente Dilma Rousseff consideram esta ideia descabida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário