‘Vem tanta coisa aí, tanta confusão’, diz Delcídio
O senador Delcídio Amaral, que nesta terça-feira, 15, se
desligou do PT, prevê ‘confusão’ para breve. Enigmático, o ex-líder do Governo,
que fez delação premiada e agitou o Congresso, o Palácio do Planalto e também a
oposição, disse que na próxima semana retorna às suas atividades parlamentares.
Não faz ideia de como será recebido. “É uma incógnita.” Diz que “é
inacreditável” Lula no Ministério de Dilma. “É para se blindar do Moro.”
Delcídio afirma que fez 'uma colaboração de político, com agendas de viagens,
datas, horários'
Oposição pede que justiça barre posse de Lula
Líderes da oposição no Senado decidiram nesta
quarta-feira (16) entrar com ações populares na Justiça Federal dos estados
para tentar impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assuma
a chefia da Casa Civil. A decisão foi tomada antes mesmo de o Planalto do
Planalto confirmar a
nomeação do petista para o primeiro escalão. Lula vai ocupar a
cadeira de Jaques Wagner, que será deslocado da Casa Civil para a chefia de
gabinete da presidente Dilma Rousseff.
FIFA quer que
brasileiros paguem R$ 20 milhões de indenização
A Fifa lançou nesta semana uma ofensiva judicial para
tentar recuperar dinheiro e credibilidade. Em comunicado para a Justiça dos
EUA, a Fifa declarou-se vítima do escândalo de corrupção que
levou para a cadeia dezenas de cartolas da Conmebol e da Concacaf. A entidade quer que os cartolas devolvam tudo
o que receberam entre salários, passagens, hospedagens e diárias entre 2004 e
2015. Nesta lista, estão os três últimos presidentes da CBF.
A Fifa quer que Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero devolvam US$ 5,3 milhões (quase R$ 20 milhões). Segundo documento tornado público pela entidade, Teixeira teria que devolver US$ 3.514.025 (R$ 13,2 milhões), Marco Polo Del Nero outros US$ 1.673.171 (R$ 6,3 milhões) e José Maria Marin mais US$ 114.507 (R$ 430 mil).
A Fifa quer que Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero devolvam US$ 5,3 milhões (quase R$ 20 milhões). Segundo documento tornado público pela entidade, Teixeira teria que devolver US$ 3.514.025 (R$ 13,2 milhões), Marco Polo Del Nero outros US$ 1.673.171 (R$ 6,3 milhões) e José Maria Marin mais US$ 114.507 (R$ 430 mil).
Com Lula no ministério, dólar dispara e Bolsa cai
O dólar avançava cerca de 2%, acima de 3,80 reais, e a
Bovespa caía quase 1%, reagindo a temores de que o governo possa promover
mudanças na política econômica após o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva assumir o comando da Casa Civil. Um dos medos dos
investidores é o de que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre
Tombini, deixe o cargo, como publicou o jornal Valor Econômico.
Perto das 11h45, o dólar avançava 1,97%, a 3,8373 reais na venda, após chegar a
subir mais de 2% e atingir 3,8383 reais na máxima do dia. No mercado de ações,
no mesmo horário, o Ibovespa caía 0,89%, aos 46.709 pontos.
Lula quer Jobim na Justiça e Meirelles no BC
O ex-presidente Lula convidou Henrique Meirelles para
reassumir o Banco Central. A ida de Lula para a Casa Civil também pode abortar a
nomeação de Eugenio Aragão para o Ministério da Justiça. O novo ministro sondou
Nelson Jobim, ex-ministro do STF, para assumir o posto. Questionado sobre
Aragão, um assessor palaciano respondeu da seguinte forma: “Esquece. Governo
novo”. Aliados de Lula no PMDB e no PT dizem que ele gostaria, ainda, de ter
Antonio Palocci de volta à Fazenda, mas o resgate do petista, que caiu duas
vezes e, assim como o próprio ex-presidente, é investigado na Lava-Jato, é
considerada uma manobra ousada demais.
Para FHC, Lula ser ministro, enquanto é investigado, é
escandaloso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou
nesta quarta-feira (16/3), que é "escandaloso" Lula ser alçado a
ministro-chefe da Casa Civil num momento em que é investigado pela Justiça e
pode se tornar réu. "Isso aumenta a crise moral no País", disse o
ex-presidente tucano, após proferir palestra em evento da área de seguros na
capital paulista. Na avaliação de FHC, a ida de Lula para a Esplanada dos
Ministérios vai apenas "postergar" decisões que precisam ser tomadas.
Sem falar diretamente na discussão do impeachment da presidente Dilma Rousseff,
FHC destacou que a sociedade e as forças do Congresso é que terão de reagir com
força.
Nenhum comentário:
Postar um comentário