quinta-feira, 3 de março de 2016

Falta de segurança

O Exército não pode ajudar?

Foto: Agência Globo
Mais uma vez estamos diante de uma notícia assustadora. Na Vila Cruzeiro do Sul, quase ao lado do Postão, um homem foi morto com tiros de pistola e revólver. Aparentemente, conforme o noticiário, o morto não tinha antecedentes criminais, não lidava com drogas e estava no interior de seu caro provavelmente para visitar familiares.

Ao mesmo tempo, o vice-prefeito Sebastião Melo participava, no Postão da Cruzeiro, de uma reunião do Conselho Distrital de Saúde e, quando os tiros começaram, muitas pessoas se jogaram no chão e um tumulto tomou conta das cerca de cem pessoas que participavam da reunião.

Ao retomar a palavra, Melo questionou os motivos que levam o governador Sartori, seu companheiro de partido, a não utilizar a Força Nacional de Segurança Pública para ajudar na contenção da violência em Porto Alegre.

No ano passado, quando se pensou no assunto, o secretário de segurança do Estado, Wantuir Jacini, disse que não via necessidade de chamar apoio da Força. Na mesma ocasião, o prefeito José Fortunati  disse que a insegurança “ultrapassou todos os limites suportáveis. A cidade precisa de um choque de segurança com a Força”.

Hoje o governador José Ivo Sartori estará reunido com os comandos de órgãos da Segurança Pública, no Palácio Piratini, para uma avaliação das últimas operações policiais realizadas na Capital.

A pergunta que faço é se o Exercito não poderia ajudar no patrulhamento das áreas mais violentas de Porto Alegre. Sei que os argumentos contrários dirão que o Exército existe para outros tipos de atividades e que os soldados não estão treinados para este tipo de serviço.

Ninguém nasce treinado para qualquer tipo de serviço. Treinamento e conhecimento se consegue com o passar dos anos e com a orientação de quem sabe. Os quarteis estão lotados de jovens que estão lá obrigatoriamente e passam a maior parte do tempo sem ter o que fazer, a não ser cumprir a rotina diária imposta por seus comandantes.

Não seria a hora de pensar um pouco melhor na utilização dessa força existente, colocando a força militar nas ruas, no patrulhamento armado, inibindo a ação dos marginais e bandidos?

Ou será que o Exército existe apenas para  cumprir uma obrigação constitucional e ser acionado em tempo de guerra? A guerra está diante dos nossos olhos, matando inocentes e fazendo com que a insegurança tome conta de todos nós. Está difícil sair para a rua em qualquer hora do dia. Nem falo da noite, quando o perigo é muito maior.

Posso estar escrevendo sobre algo que não conheço, que necessita ser aprofundado, mas acho que tenho o direito de perguntar: diante de tanta insegurança, será que o Exército não pode ajudar?

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