O Exército não pode ajudar?
Foto: Agência Globo |
Mais uma vez estamos diante de uma notícia assustadora.
Na Vila Cruzeiro do Sul, quase ao lado do Postão, um homem foi morto com tiros
de pistola e revólver. Aparentemente, conforme o noticiário, o morto não tinha
antecedentes criminais, não lidava com drogas e estava no interior de seu caro
provavelmente para visitar familiares.
Ao mesmo tempo, o vice-prefeito Sebastião Melo
participava, no Postão da Cruzeiro, de uma reunião do Conselho Distrital de
Saúde e, quando os tiros começaram, muitas pessoas se jogaram no chão e um
tumulto tomou conta das cerca de cem pessoas que participavam da reunião.
Ao retomar a palavra, Melo questionou os motivos que
levam o governador Sartori, seu companheiro de partido, a não utilizar a Força
Nacional de Segurança Pública para ajudar na contenção da violência em Porto
Alegre.
No ano passado, quando se pensou no assunto, o secretário
de segurança do Estado, Wantuir Jacini, disse que não via necessidade de chamar
apoio da Força. Na mesma ocasião, o prefeito José Fortunati disse que a insegurança “ultrapassou todos os
limites suportáveis. A cidade precisa de um choque de segurança com a Força”.
Hoje o governador José Ivo Sartori estará reunido com os
comandos de órgãos da Segurança Pública, no Palácio Piratini, para uma
avaliação das últimas operações policiais realizadas na Capital.
A pergunta que faço é se o Exercito não poderia ajudar no
patrulhamento das áreas mais violentas de Porto Alegre. Sei que os argumentos
contrários dirão que o Exército existe para outros tipos de atividades e que os
soldados não estão treinados para este tipo de serviço.
Ninguém nasce treinado para qualquer tipo de serviço.
Treinamento e conhecimento se consegue com o passar dos anos e com a orientação
de quem sabe. Os quarteis estão lotados de jovens que estão lá obrigatoriamente
e passam a maior parte do tempo sem ter o que fazer, a não ser cumprir a rotina
diária imposta por seus comandantes.
Não seria a hora de pensar um pouco melhor na utilização dessa
força existente, colocando a força militar nas ruas, no patrulhamento armado,
inibindo a ação dos marginais e bandidos?
Ou será que o Exército existe apenas para cumprir uma obrigação constitucional e ser
acionado em tempo de guerra? A guerra está diante dos nossos olhos, matando
inocentes e fazendo com que a insegurança tome conta de todos nós. Está difícil
sair para a rua em qualquer hora do dia. Nem falo da noite, quando o perigo é
muito maior.
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