quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Rapidinhas


Documentos da Suíça serão usados em processo da Lava Jato, diz Moro
O juiz federal Sérgio Moro decidiu que documentos enviados pela Suíça ao Brasil serão usados em um dos processos da Operação Lava Jato envolvendo a empreiteira Odebrecht. A defesa do ex-executivo da empresa Márcio Faria havia solicitado a exclusão das informações dos autos, após a Justiça suíça avaliar que o envio de dados foi irregular. O pedido dos advogados de defesa do ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria era para que o juiz tornasse ilícita parte dos documentos que foram encaminhados ao Brasil pela promotoria da Suíça. Já o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro pediu o contrário, para que Moro utilizasse os documentos para as investigações. Apesar de avaliar o envio das informações irregular, a Justiça suíça não solicitou a devolução dos documentos e também não considerou que isso deveria ter algum impacto na Justiça brasileira.

Frango subiu 36% em um ano e deve ter acréscimo de mais 15% nos próximos dias
Recém passada a folia, é hora de encarar mais um aumento – que, dessa vez, atinge a carne mais barata para o bolso do gaúcho. Depois de aumentar 36% de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, o preço do quilo do frango deve saltar mais 15% nos próximos dias. O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, afirma que a valorização do preço será sentida pelo consumidor ainda na primeira quinzena de fevereiro. Mais uma vez, o dólar é o vilão do aumento. A cotação da moeda norte-americana influencia no preço de venda do milho e da soja, responsáveis por 70% do custo de produção do frango. Embora o Rio Grande do Sul seja produtor destes insumos, a maior parte do que é plantado aqui é exportado.
— Teremos que aumentar de imediato, pois estamos numa situação desfavorável. Só o milho subiu 63% em um ano, ou seja, ainda estamos em defasagem. Não temos mais como segurar — justifica Nestor.


Mercado passa a prever inflação no limite do sistema de metas para 2017
Os economistas do mercado financeiro estimaram mais inflação para 2016 e 2017, assim como um desempenho pior para a economia brasileira. A pesquisa com mais de 100 instituições financeiras foi feita pelo Banco Central na semana passada, e divulgada nesta quarta-feira (10). O levantamento é conhecido como relatório Focus. Para 2016, a expectativa dos economistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 7,26% para 7,56% no sexto aumento seguido. Com isso, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas do ano que vem e bem distante do objetivo central de 4,5%.  Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação passou de 5,80% para 6%. Com isso, se distanciou muito da meta central de 4,5% do ano que vem e ficou exatamente no teto de 6% do regime de metas para o período. 

Não se para de puxar o fio a corrupção, diz procurador
O procurador da força-tarefa da Lava Jato Antonio Carlos Welter disse, em um evento na noite desta terça-feira, 9, em Nova York, que a operação começou pequena há cerca de dois anos, mas conseguiu demonstrar que havia uma organização criminosa dentro da Petrobrás que envolvia de políticos a empreiteiros, além de executivos da companhia e doleiros. "Não se para mais de puxar o fio", disse Welter, falando que a cada dia se descobrem mais coisas novas envolvendo a corrupção. "O caso da Petrobrás começou de uma forma bastante pequena. Havia uma investigação envolvendo cinco doleiros", afirmou o procurador, logo no início do evento, para uma sala lotada na sede da Americas Society/Council of the Americas em Manhattan. "O fio era pequeno e quando veio, não se para mais de puxar esse fio", ressaltou. A partir destes cinco doleiros, foi se chegando a diretores da Petrobrás, a políticos, a empreiteiros. "Conseguiu se demonstrar que havia uma organização criminosa", disse Welter, ressaltando que ela era composta por quatro grupos: grandes empreiteiras, funcionários da Petrobras, políticos (parlamentares e membros do governo) e doleiros.

Desemprego agora também afeta o setor de serviços
Um dos últimos pilares de resistência à crise, o setor de serviços administrativos e complementares começou a demitir no fim do ano passado diante da escolha de empresas em reduzir a demanda por esse tipo de atividade. Sem escolha, o segmento - que inclui tarefas de limpeza, vigilância e telemarketing - está mandando para a fila do desemprego pessoas com menor qualificação e remuneração, que podem encontrar dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho.Além disso, como o setor é intensivo em mão de obra, o sinal de que a crise bateu à porta pode ainda reforçar o círculo vicioso já visto nos últimos meses. Quando essas pessoas são demitidas, elas passam a consumir e gastar menos, deprimindo ainda mais a atividade econômica e gerando mais desemprego. Luis Carlos Avelino, de 40 anos, trabalhou por uma década no setor de vigilância. Após três anos de atuação como segurança em uma empresa do ramo de hotelaria em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, foi dispensado em outubro passado por "redução de custos". "Depois de mim, mandaram outros embora. Sobrevivi porque recebi o seguro-desemprego e fiquei fazendo bicos. Agora, o seguro vai acabar. Estou entregando currículos."

Fabricantes de sorvete e chocolate revoltados com alta de imposto
Fabricantes de sorvetes e chocolates estiveram, na semana passada, com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e aproveitaram para reclamar da alta do IPI sobre os produtos, anunciada recentemente pela Receita Federal e que passará a valer a partir de maio. A cobrança será de 5% em cima do valor de venda dos produtos. Atualmente a incidência se dá sobre o peso e volume dos produtos. Outros setores, como fumo, também foram atingidos. Com as medidas, o governo espera aumentar a arrecadação em mais de R$ 600 milhões.  Skaf se solidarizou com as queixas e disse que o governo sempre prefere aumentar impostos em vez de "cortar na própria carne".

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