quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Doação de campanha

PF suspeita que Renan recebeu propina

Presidente do Senado passa a responder mais um inquérito no STF

A Polícia Federal (PF) aponta indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em pedidos de doação de campanha em 2014 feitos pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente da Casa. Doações de R$ 3 milhões, solicitadas aos filhos dos senadores, podem se configurar propina de um pacote de R$ 30 milhões acertados entre o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, conforme a suspeita da PF em relatório ao qual O GLOBO teve acesso.

A PF sustenta que a propina teria sido acertada a partir de contrato obtido pela UTC nas obras da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ). A suspeita da PF é que os "elementos amealhados" no caso da Petrobras, com propina travestida de doação oficial de campanha, "autorizam a suspeitar que a mesma sistemática tenha sido utilizada no âmbito da Eletronuclear".

Diante desses indícios, o delegado da PF Thiago Machado Delabary encaminhou ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki pedindo a ampliação de inquérito que já investiga Lobão, com a inclusão de Renan e Jucá no rol de investigados. Teori é o relator dos processos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive desse inquérito. O procedimento teve tramitação oculta no tribunal, e todos os documentos eram mantidos sob sigilo. (Agência Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário