quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Bom Dia!

O caminho das pedras!

Quando alguns resolvem atravessar um riacho, mesmo que não seja muito fundo, aquele que conhece o caminho das pedras sempre acaba levando vantagem. Vai mais rápido e não corre o risco de, de repente, cair num buraco mais fundo, por exemplo.

A mesma coisa, ou coisa parecida, acontece na política brasileira. Os que conhecem os caminhos mais fáceis estão sempre na frente, quase sempre no comando. Se não conhecem, acabam dando um jeito de descobrir como e por onde andar sem correr riscos. E quando eles aparecem, sabem a trilha por onde devem transitar.

Na votação para líder do PMDB na Câmara Federal, foi exatamente isso que se viu. Sob o risco de ver seu aliado, deputado Picciani, ser derrotado pelo apadrinhado de Eduardo Cunha, o governo procurou logo o caminho das pedras. 

O fiel escudeiro Eduardo Paes, prefeito do Rio, que está recebendo verbas astronômicas para realizar a Olimpíada, exonerou dois secretários que assumiram no lugar de dois adversários de Dilma. O ministro da Saúde, mesmo diante de uma grave epidemia de zika, foi exonerado, assumiu a vaga na Câmara e tirou mais um adversário da jogada. Não tenho informação se mais alguém fez o mesmo, mas sei que, onde não havia pedra para pisar, o governo correu e pavimentou o caminho que deverá levar para a margem da tranquilidade. Picciani será o responsável pela indicação do presidente da CCJ e, por consequência, dará as cartas que deverão barrar o processo de impeachment da presidente.

Conhecedor profundo do caminho das pedras, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, já declarou que os processos contra Renan Calheiros, outro aliado do Planalto, ficará para mais tarde, bem depois do julgamento de Eduardo Cunha. Descobriu o ministro do STF, que poderá rolar alguma pedra do caminho e já tratou de repor, mesmo que as acusações contra o presidente do Senado sejam da mesma época das feitas contra o presidente da Câmara. Só que Cunha e inimigo e Renan é amigo.

Aqui, na nossa aldeia, a comunista Manuela D’Avila anunciou que não será candidata na eleição para a prefeitura em 2016. Profunda conhecedora das trilhas de pedra, disse que vai cuidar da filha. Aliada da presidente Dilma, acho que pensou bem e descobriu que suas chances seriam muito pequenas, mas deverá se aliar ao PT que indicará não se sabe quem e com que chances, para a cabeça da chapa.

O PSOL deverá confirmar Luciana Genro como candidata, mas ela é filha do Tarso Genro, um dos piores governadores que já tivemos, o que diminui consideravelmente suas chances.

Sebastião Melo, do PMDB, vice-prefeito, será o candidato apoiado pela maioria dos partidos que formam a base aliada. Pelo que sei, hoje o vereador Nereu D’Avila e o secretário de Educação, Vieira da Cunha, irão ao Passo Municipal dizer ao Fortunati que Vieira não é candidato e que o PDT apoiará Melo. Restará saber quem será o vice de Sebastião, mas esse é outro assunto.

O que certamente acontecerá nos próximos meses, será uma corrida muito grande de todos para alinhar as pedras no caminho. A corrida será muito mais fácil para quem conhecer melhor o caminho das pedras.

Tenham todos um Bom Dia!

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