Lula diz que foi Dilma quem editou MP
O Instituto Lula divulgou nota nesta sexta-feira, 11, na
qual diz que ainda não foi notificado pela Polícia Federal para que o
ex-presidente preste depoimento no inquérito que investiga suposta compra
de medidas provisórias, mas que “sempre esteve à disposição das autoridades
para contribuir com o esclarecimento da verdade.” O ex-presidente mencionou que
“não tem qualquer relação com os fatos investigados” ao afirmar que “a MP em
questão foi editada em 2013”, quando ele não estava mais no Planalto e a presidente
já era Dilma Rousseff. “A Medida Provisória em questão foi editada e aprovada
pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República”, diz a
nota.
O filho do ex-presidente Lula, Luís Claudio Lula da
Silva, é suspeito de ter recebido R$ 2,5 milhões do esquema de lobby que atuou
na suposta compra das MPs justamente pela edição da 627/2013, medida provisória
a que o petista faz referência na nota.
O ex-presidente ainda não foi intimado porque o processo
não é automático e o petista está em viagem ao exterior. O mandado de
intimação foi expedido no último dia três de dezembro.
As investigações da Operação Zelotes, contudo, não se
concentram apenas na MP 627/2013. Também há suspeitas de pagamento de propina
para as MPs 471/2009 e 512/2010 editadas por Lula quando presidente. Todas
renovaram incentivos fiscais para montadoras de veículos com fábricas no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
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