quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Bom Dia!

Mais lama em Brasília do que em Mariana!

A figura que uso pode ser um pouco exagerada, mas não tenho dúvidas de que está muito perto da realidade. Lamentavelmente, no município mineiro a tragédia acabou matando pessoas, o que até agora não aconteceu na Esplanada, na Capital Federal. Se bem que muitos políticos podem se considerar definitivamente sepultados para a vida pública.

Começo pelo rebaixamento da nota que levou o Brasil de volta à segunda divisão na economia mundial. Recuperado em 2008, foram necessários somente sete anos para que o sonho acabasse e lá vamos nós amargar um descrédito mundial. O Brasil, depois que a Fitch retirou o selo de bom pagador, está como muitos brasileiros, ou seja, cadastrado no SPC. Que vergonha!

No STF, quando o governo já comemorava antecipadamente uma vitória sobre Eduardo Cunha com a indicação de Edson Fachin para a relatoria do processo movido pelo PC do B, veio a surpresa do voto que liquida com muitas esperanças de Dilma e seus aliados. Fachin não só confirmou tudo o que Cunha determinou e fez, como jogou um balde de água fria em Renan Calheiros, que já se arvorava dono do processo de impeachment.

Hoje, no prosseguimento da votação, quando falarão os demais ministros do STF, é esperada uma decisão que beire a unanimidade, em apoio ao voto do relator. A partir daí, Dilma que se prepare para dias ainda mais nublados.

Em plena comemoração da decisão de Fachin, Eduardo Cunha foi notificado do pedido do procurador geral da República, Rodrigo Janot, solicitando ao STF seu afastamento imediato da presidência da Câmara dos Deputados. Janot argumenta que existem “vários crimes de natureza grave” cometidos por Cunha. Para o deputado do PMDB, “o pedido da PGR serve apenas para tentar tirar o foco do julgamento do STF sobre o rito do impeachment.”

Ao tomar conhecimento do voto de Fachin, durante Conferência Nacional da Juventude, em Brasília, Dilma Rousseff disse que usará “todos os instrumentos que o Estado Democrático de Direito me faculta, para defender a interrupção ilegítima de meu mandato”. Dilma voltou a usar a expressão adotada, principalmente pelos petistas, de “golpe”, para classificar o pedido de impeachment.

Em Curitiba, Nestor Cerveró afirmou, em delação premiada, que pagou US$ 6 milhões em propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao senador Jader Barbalho, ambos do PMDB, e mais US$ 2 milhões para Delcidio do Amaral, preso em Brasília.

Finalmente, para desespero dele e certamente de muitos petistas, o tucano Eduardo Azeredo foi condenado, pelo chamado ‘mensalão tucano’, a 20 anos de prisão. Em sua justificativa para a condenação, a juíza Melissas Lage, disse que “foi criado um caixa robusto para a campanha eleitoral, com arrecadação de fundos de diversas fontes, inclusive de recursos públicos”.

O mensalão tucano, como já se sabia, deu origem ao mensalão que resultou na prisão de José Dirceu, Delúbio Sores, José Genoino e Marcos Valério, principal mentor e cabeça dos dois esquemas.

Coincidentemente, a lama que cobre o país hoje, assim como aquela que dizimou a vida do Rio Doce, brotou em Minas e acabou se espalhando pelo Brasil. Se bem que hoje, pelo menos no meu entendimento, há mais lama cobrindo Brasilia do que a que foi derramada pelo rompimento da barragem em Mariana. Simbolicamente, é claro.

Que vergonha!

Tenham todos um Bom Dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário