quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Bom Dia!

Tô de olho no senhor...

Como faço todas as manhãs, antes de sair de casa, dou uma passada pelos principais jornais e portais de notícias na internet. Abri a página do Estadão e dei de cara com a informação de que o ministro Luiz Fachin, do STF, suspendeu, até dia 16, a tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), trancando a instalação da Comissão Especial que aconteceria na tarde de hoje. O ministro atendeu pedido do PC do B e suspendeu tudo até a próxima quarta-feira.

Li também que, depois da espetacular derrota do governo na votação para eleição da Comissão Especial (272 X 199), a direção da Câmara avaliou a destruição provocada por governantes nas cabines de votação. Nada menos do que 10, das 14 cabines montadas para a eleição, tiveram suas urnas parcial ou totalmente danificadas por ‘deputados’ governistas, a maioria representantes do Partido dos Trabalhadores.

Fiquei pensando que estes mesmos deputados, que entraram nas cabines e destruíram o patrimônio público, transferindo para nós as despesas com a reconstituição das urnas e equipamentos eletrônicos, são os que gritam por democracia, liberdade e diretos individuais.

Mas que liberdade, cara pálida, pode haver quando quem mais deveria batalhar por ela usa da força e da barbárie para impedir que um processo, mesmo que não tenha seu apoio, seja brutalmente conturbado através de gritos, quebra-quebra, socos e ponta pés?

A grande preocupação do governo com a decisão de seu aliado, ministro Fachin, de transferir para dia 16 a decisão, que será tomada pelo plenário do Supremo, é que ela acabe inflando ainda mais os movimentos de rua marcados para domingo, dia 13. A pressão do povo poderá ser decisiva para a tomada de posição de alguns parlamentares indecisos e para o fortalecimento da opinião daqueles que desejam o impeachment da presidente. Fachin, que já foi advogado do MST, tentando ajudar, pode ter atrapalhado os planos do governo.

No PMDB, depois que o líder partidário, deputado Leonardo Picciani (RJ) resolveu indicar cinco dos oito integrantes da chapa, todos identificados com o governo, a bancada deseja que ele seja substituído imediatamente. A partir de hoje, e a qualquer momento, Picciani poderá ficar pendurado no pincel, perdendo a liderança na Câmara. Foi com muita sede ao pote.

Aos que criticaram a carta que o vice Michel Temer mandou para a presidente Dilma, relatando suas frustrações e amarguras, resta analisar se não foi ela um dos fatores decisivos para que a oposição se reagrupasse e conseguisse impor uma derrota tão amarga ao governo.

Ah! Sobre o titulo do meu comentário, ele faz referência ao consagrado bordão de um personagem do programa Praça da Alegria que sempre encerrava sua participação com a frase “tô de olho no senhor”. Lembrei dela ao ler as notícias sobre a decisão do ministro Luiz Fachin.

Tenham todos um Bom Dia!

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