sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Bom Dia!

Geleia geral!

Definitivamente estamos vivendo tempos incrivelmente anormais no Brasil. Está tudo errado em termos de governo, de economia, de política, de justiça, ou seja, não há um só segmento em que não se encontre um erro, uma falcatrua, uma suspeita de corrupção.

Confesso que espantado, ouvi um ministro do STF, não lembro qual, afirmar que é preciso decidir se a lei que foi aplicada no impeachment de Fernando Collor de Mello é a mesma a ser usada no caso do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Juro que fiquei matutando e buscando na memória alguma informação que eu tenha esquecido sobre algum tipo de mudança na lei desde o impeachment de Collor. Não lembrei de nada. E fiquei mais aliviado, ou nem tanto, quando ouvi um comentarista na televisão, explicando que a lei é exatamente a mesma, não mudou nada.

Se a lei não mudou, não consigo entender a preocupação do ministro que faz parte da mais alta corte de justiça do Brasil, afirmar que não sabe se se aplica o mesmo rito no pedido de impeachment da atual presidente. Se houve um pedido de impeachment de Collor e se há um pedido de impeachment de Dilma, e a lei não mudou qual o motivo para a preocupação do ministro? Se ele não sabe, quem é que vai saber? Isso sem contar que, dependendo de um possível pedido de vista de algum ministro, o caso pode ser remetido para o ano que vem. Uma vergonha!

Na sessão da Comissão de Ética (?) da Câmara, quando se tentava votar, pela sétima vez, o prosseguimento ou não do processo de cassação de Eduardo Cunha, deputados partiram para a briga com tapas, empurrões e a turma do deixa-disso tendo que intervir. A decisão ficou para outro dia. Uma vergonha!

Num jantar de final de ano na casa de um senador do PMDB, a ministra Katia Abreu, depois de ser chamada de “namoradeira”, jogou uma taça de vinho no senador José Serra, do PSDB. Katia disse que é “uma mulher casada e honrada” e Serra disse que foi uma “brincadeira inocente”. Uma vergonha!

De uma cela do Presídio Central de Porto Alegre, um criminoso decidia sobre a vida e a morte de pessoas, especialmente em Canoas e Cachoeirinha. Dados da polícia afirmam que 27 foram mortas por ordem dele. Os executores, ou justiceiros, como queiram, eram elementos ligados ao tráfico e que matavam por determinação do chefe, recolhido ao Presídio Central. Uma vergonha!

Pois é, como se diz lá em São Gabriel, “assim se conta a história de um povo”. Só que, no caso do Brasil, a história é muito triste e vergonhosa. E fica pior quando somos ameaçados por agências de classificação de rebaixamento e perda do grau de investimentos. Com um PIB vergonhoso, com uma inflação acima de 10%, com a presidente ameaçada de perder o cargo, com o presidente da Câmara se mantendo lá graças a manobras de uma afinada tropa de choque, definitivamente estamos em meio a uma geleia geral. Uma vergonha!

Tenham todos um Bom Dia!

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