Voto manual é retrocesso?
Na semana passada, quando o Congresso decidiu legalizar o
voto impresso, que confirma o que foi digitado na urna eletrônica, o presidente
do TSE, Dias Toffoli, foi o primeiro a declarar que se tratava de um retrocesso,
que o Brasil tinha o mais avançado sistema de votação e mais algumas coisas
daquelas que servem para tentar justificar a vontade de seguir fazendo aquilo
que é de interesse partidário. Isso que se trata, unicamente, de imprimir o
voto que irá para uma urna lacrada e que servirá, tão somente, para confirmar o
voto do eleitor, isto é, dificultando que haja algum tipo de fraude.
Pois agora, o próprio Tribunal Superior Eleitoral,
anunciou que o voto eletrônico não poderá ser usado nas eleições de 2016 por
absoluta falta de verba. O governo gastou muito mais do que devia, tanto que
está tentando, mais uma vez, fazer um arranjo no Congresso para mudar a Lei,
permitindo que a presidente não acabe o ano na ilegalidade. Vai faltar dinheiro
e o voto, na informação do TSE, será no papel, manualmente.
Parece que agora já não é mais retrocesso. Agora o voto
de papel, manual, tornou-se uma necessidade e deve ser, na visão dos
entendidos, absolutamente seguro, quem sabe muito mais do que o nas urnas
eletrônicas.
O governo não tem dinheiro, todos sabemos, mas a culpa
não cabe a nenhum de nós, a não ser, é claro, aos que acreditaram nas mentiras
e promessas eleitorais da representante do PT, Dilma Rousseff, durante a
campanha. O dinheiro, juntamente com o governo, desapareceu, jogando o Brasil
numa de suas maiores crises econômicas e políticas.
Ontem, assistindo ao noticiário de televisão, além do
voto de papel, assisti a um desenrolar de informações sobre corrupção, desvio
de verbas, lavagem de dinheiro, propinas e desmandos em praticamente todos os
setores do governo. Não há um só segmento governamental que não tenha alguma
coisa sendo investigada. Em todos os setores existe corrupção instalada.
Agora, para culminar, diante da perspectiva eminente de
derrota petista na grande maioria dos municípios brasileiros, diante da desconfiança
com as urnas eletrônicas, cujo conteúdo ninguém consegue acessar, a não ser que
tem interesse eleitoral, teremos o voto de papel, manual, de volta.
Quantos brasileiros serão convocados para trabalhar no
escrutínio dos votos? Quanto custará imprimir as cédulas? Que garantia teremos
de que os resultados refletirão o desejo da população?
Definitivamente, estamos vivendo, como diria Mário
Quintana, “tempos bicudos”. A mentira tomou conta do governo e o governo só faz
aquilo que interessa a seu propósito de perpetuação no poder.
O voto manual deixou de ser retrocesso e, de uma hora
para outra, passou a ser solução!
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