Governo teme reflexos políticos da
Lava Jato depois que PMDB virou alvo
No Palácio do Planalto, há o reconhecimento de
que a nova fase da operação Lava Jato deve agravar a situação política no
Congresso Nacional, desestabilizando também o Senado.
Isso porque, ao
atingir também o entorno do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-
AL), a investigação da Polícia Federal deixa apreensivos integrantes do PMDB no
Senado.
Até o momento, a
presidente Dilma Rousseff tem no Senado um ambiente mais favorável,
principalmente para tentar barrar um processo de impeachment. O governo ainda
não sabe qual será a reação do grupo mais próximo do senador Renan Calheiros,
mas teme que haja uma instabilidade maior também no Senado.
O governo tem
trabalhado para amenizar as dissidências do PMDB. Mas, nesta nova fase, com
dois ministros do partido como alvo, Henrique Eduardo Alves (RN), do Turismo, e
Celso Pansera (RJ), da Ciência e Tecnologia, além do ex-ministro Edson Lobão, o
Planalto teme uma reação desses setores mais alinhados com a presidente Dilma.
O governo viu com
preocupação o fato de pessoas próximas a Renan - como o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado e o deputado Aníbal Gomes -, além da própria sede do
PMDB de Alagoas, estarem no foco da PF nesta fase da Lava Jato.
Publicado no Portal G1 em 15/12/2015
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