Eleições terão voto impresso
Agora, depois de confirmar o voto na urna eletrônica, o
eleitor terá um comprovante impresso, garantindo que seu voto foi computado conforme
foi digitado. Segurança mínima para quem nunca ficou sabendo se o seu voto foi
realmente registrado e para quem. Decisão vale para eleições do ano que vem.
Em meio a discursos
calorosos sobre a falta de confiança no atual sistema eleitoral, o plenário do
Congresso manteve nesta quarta-feira a implantação de um modelo de comprovantes
nas urnas eletrônicas. Essa medida chegou a ser aprovada pela Câmara e pelo Senado
durante a votação da reforma política, mas acabou vetada pela presidente Dilma
Rousseff (PT). Em despacho para inviabilizar a proposta, a presidente informou
que a medida causaria um impacto de 1,8 bilhão de reais entre o investimento
para aquisição de equipamentos e as despesas de custeio das eleições.
O
veto de Dilma foi analisado nesta quarta-feira em sessão do Congresso e
provocou debate entre os parlamentares. Governistas inicialmente se
posicionaram contra o voto impresso, mas acabaram liberando suas bancadas ao
longo da votação. Já a oposição se uniu pela retomada do texto aprovado
anteriormente. A medida foi aprovada por 368 votos na Câmara e 56 votos no
Senado. Era necessário o apoio de ao menos 257 votos entre os deputados e de 41
senadores para contrariar a decisão presidencial.
Pelo
projeto, o processo de votação permanecerá acontecendo nas urnas eletrônicas.
Os equipamentos, no entanto, vão imprimir o registro de cada voto, que serão
armazenados em um local lacrado. Durante esse processo, não haverá contato
manual do eleitor com os comprovantes. O sistema do voto impresso já deve valer
nas eleições de 2016.
"Como
podemos negar ao eleitor brasileiro o comprovante do exercício máximo da sua
cidadania? Por que não permitir que o nosso sistema eleitoral possa ser
auditado? Não é disputa de oposição ao governo. É de respeito ao sufrágio, ao
voto popular", discursou o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB.
"Não dá para confiar em um sistema que não permite checagem. O voto
precisa ser verificado, caso seja necessário auditoria nas urnas
eletrônicas", disse o deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM.
Contrário
à matéria, o líder do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE), exaltou o
prejuízo financeiro que a proposta traria e ponderou que o governo está
implantando uma série de medidas para reduzir as despesas.(Com Veja.com)
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