segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Rapidinhas


Cunha teria recebido R$ 45 milhões para ajudar o BTG
Agentes da Polícia Federal encontraram um documento com anotações de um suposto pagamento de propina do banco de investimentos BTG Pactual ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a outros peemedebistas. O documento, encontrado na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, indica que o BTG Pactual teria pago 45 milhões de reais a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG. Em comunicado, o BTG negou o pagamento por suposto benefício e disse estar à disposição de autoridades para esclarecimentos. Em sua conta no Twitter, Cunha disse que "é um verdadeiro absurdo e parece até armação". "Amanhã qualquer um anota qualquer coisa sobre terceiros e vira verdade?", questionou.

Família vai barrar tentativas de Lula e do PT de fazerem ‘ponte’ com Delcídio
A família e a defesa de Delcídio do Amaral estão decididos a barrar qualquer tentativa por parte do PT, do governo e do ex-presidente Lula de estabelecer “pontes” e tentar acalmar o senador petista, preso na semana passada na Lava Jato. A avaliação é que “não há como consertar” o estrago causado pela nota oficial do presidente do PT, Rui Falcão, negando solidariedade ao senador horas antes de o Senado decidir se ele continuaria ou não preso, além das declarações do ex-presidente Lula que classificou de “imbecilidade” o ato de Delcídio. “Qualquer tentativa de estabelecer pontes será dinamitada, e não vai nem chegar nele”, diz uma pessoa que faz parte do grupo restrito que tem acesso a Delcídio e acompanha a estratégia de defesa.

Governo corta passagens e diárias, mas medida pode durar pouco
A partir desta segunda-feira, o governo não poderá emitir passagens aéreas, pagar hotéis e diárias aos servidores. A decisão faz parte das medidas de contingenciamento de 10,7 bilhões reais do orçamento deste ano e foi tomada depois da reunião do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, com sua equipe, realizada neste domingo. O governo espera, no entanto, que a medida não dure muito tempo. Se o Congresso aprovar a nova meta fiscal nesta terça-feira, como o Planalto deseja, o impacto do novo contingenciamento será pequeno. Mas a equipe econômica vai fazer uma avaliação diária sobre seu caixa. A reunião deste domingo foi exatamente para dar base aos procedimentos a serem adotados nesta segunda e ao longo da semana. Ficou definido também que não serão contingenciadas as verbas destinadas ao Bolsa Família, ao pagamento de salário dos servidores e programas de saúde por serm consideradas despesas obrigatórias. Nos Estados, muitos governadores chegaram a recorrer ao atraso dos pagamentos de salários por causa da falta de recursos. O governo federal não quer repetir essa prática.

“Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados?” perguntou Delcídio
Não é à toa que políticos do PMDB estão nervosos com uma possível delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso por obstruir os trabalhos da investigação da Lava Jato. Delcídio sempre pareceu saber muito sobre questões internas da Petrobras. Em setembro, informado que fora citado na proposta de delação premiada do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, Delcídio respondeu com outra pergunta: “Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados”? Renan Calheiros e Jader Barbalho, colegas de Delcídio no Senado, fizeram de tudo para que a votação - que decidiu pela permanência de Delcídio do Amaral na prisão - fosse secreta. Não conseguiram. Henrique Alves é o ministro do Turismo. Resta saber se Delcídio estava preocupado com os três políticos ou sabe de algo a mais sobre o trio? Talvez essa dúvida seja esclarecida em breve.

Após anuncio de cortes, dólar passa de R$ 3,90
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (30), pressionado pelo quadro de turbulências políticas no Brasil após a manutenção da prisão do ex-presidente do BTG Pactual, André Esteves, mas era negociado longe das máximas da sessão conforme operadores corrigiam exageros da abertura e repercutiam a atuação do Banco Central no câmbio. Às 14h20, a moeda norte-americana subia 1,89%, a R$ 3,8957 na venda, após subir mais de 2% e atingir R$ 3,9141 na máxima da sessão, maior nível intradia desde 29 de outubro, quando foi a R$ 3,9574.

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