Ministros do STF dizem que plano de fuga era coisa
gangster
Quando foram informados pelo relator Teori Zavascki sobre
a ousadia e a extensão do plano de fuga de Nestor Cerveró, os ministros do STF
deram apoio à decisão de conceder liminar para a prisão de Delcídio Amaral, o
advogado Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves.Incrédulos e chocados, ministros de referiram ao
estratagema como “coisa de gângster”. "Na história recente da nossa pátria, [a sociedade]
acreditou que uma esperança tinha vencido o medo. Na ação penal 470 [mensalão]
vimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece que o escárnio
venceu o cinismo", disse a ministra Cármen Lúcia. "Uma instituição
séria da República, como o Senado, que já acolheu figuras como Rui Barbosa
(...), não pode de qualquer forma ser comprometida por condutas absolutamente
imorais de pessoas que não sabem honrar a República, que não toleram a
democracia e que não respeitam os cidadãos brasileiros. A decisão [de prender
Delcídio] não confunde imunidade com impunidade", completou. Decano do STF, o ministro Celso de Mello também foi
enfático ao referendar a decisão do relator, Teori Zavascki, de determinar a
prisão cautelar do senador petista. "Ninguém, nem mesmo o líder do governo
no Senado Federal, está acima das leis que regem o país".
Novo delator da Lava Jato, Cerveró diz que André Esteves
pagou propina a Collor
Novo delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor da área
internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse, em acordo de colaboração
premiada, que o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual,
pagou propina ao senador Fernando Collor (PTB-AL) em um contrato de
embandeiramento de 120 postos de combustíveis em São Paulo. Os postos
pertenciam conjuntamente ao BTG e ao Grupo Santiago. A descrição de trecho da
delação de Cerveró foi anexada em despacho do ministro Teori Zavascki sobre os
pedidos de prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), do advogado Edson
Ribeiro, do chefe de gabinete Diogo Ferreira e do próprio banqueiro André
Esteves.
Governo estuda adiar alta do salário mínimo para reduzir
déficit
O
governo está avaliando adiar aumentos do salário mínimo no próximo ano para
aliviar a pressão sobre as contas públicas, mesmo que a medida seja impopular e
exija uma mudança na legislação, disseram à agência Reuters três
fontes com conhecimento das discussões. A equipe econômica da presidente Dilma
Rousseff está analisando uma proposta para adiar por vários meses o reajuste do
salário mínimo, previsto para janeiro, que somaria 40 bilhões em gastos extras
no próximo ano, segundo um assessor da presidente. Atualmente, a lei determina
que o governo eleve o salário mínimo a cada ano em janeiro, corrigindo-o pela
inflação do ano anterior e pelo crescimento econômico dos dois anos
antecedentes. Mas adiar o reajuste teria um alto custo político para Dilma, que
enfrenta baixa popularidade, disseram o assessor e outra autoridade a par do
assunto.
Colaboração
de filho de Cerveró levou à prisão de Dulcídio
Foi graças a Bernardo
Cerveró – filho
do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró – que o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu pela prisão
do ex-senador Delcídio do Amaral na Lava Jato. Delcídio foi
preso na manhã desta quarta-feira num hotel de Brasília. Bernardo, que é ator e produtor artístico, foi procurado
pelo senador petista e ouviu, sem contestar, a proposta de Delcídio para que
Nestor Cerveró não o denunciasse numa colaboração premiada. Em troca, Cerveró teria fuga garantida do país e um “mensalinho” de R$
50 mil. Bernardo gravou o encontro, em que a proposta criminosa
foi feita, com Delcídio e passou o material ao Ministério Público.
De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal,
Teori Zavascki, Bernardo temia que as pessoas com quem mantinha “tratativas lhe
fizessem algum mal”.
Em reunião de emergência, senadores do PT são informados
de que provas contra Delcídio são “robustas”
Os
estragos causados pela prisão, hoje, do senador
Delcídio do Amaral (PT)
mal começaram a ser computados. Em um informe feito hoje ao restante da
bancada, em uma reunião convocada às pressas para debater o tema, o senador
José Pimentel disse que as provas contra Delcídio são
"robustas" e
que sua situação política está insustentável. Não é só a opinião de Pimentel.
Ele acabara de deixar um encontro de avaliação no Palácio do Planalto com os
ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa
Civil).
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