“Partido estudará expulsão de Delcídio”
Cercado por
jornalistas ao acompanhar um evento do Instituto Lula em São Paulo, o
presidente do PT, Rui Falcão, evitou emitir novas opiniões sobre a prisão do
ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). O dirigente foi
questionado se o caso é diferente da situação do ex-tesoureiro do partido João
Vaccari Neto, preso e condenado em primeira instância na operação Lava
Jato.
"Tem uma
diferença clara entre atividade partidária e atividade não partidária",
respondeu Rui Falcão. Vaccari tem a solidariedade das lideranças petistas e não
foi expulso da legenda. Já Delcídio pode ser expulso em reunião da Executiva
Nacional do PT que será convocada para deliberar sobre o destino do senador.
Vaccari foi condenado
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo a Justiça considerado que
ele foi responsável por desvios em contratos da Petrobras que teriam sido
destinados aos cofres do PT. Delcídio foi flagrado em áudio negociando uma
pensão para a família e até uma fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró
em troca de não ser citado em delação premiada do ex-diretor.
Falcão disse que ainda
não há data definida para a reunião em que a direção decidirá se expulsa
Delcídio, mas que tenta marcá-la para a semana que vem. "Temos que
consultar a agenda dos 18 membros da Executiva, mas seguramente será nos
próximos dias", afirmou.
Na quarta, Falcão
emitiu uma breve nota sobre a prisão do senador. Nela, disse que "o PT não
se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" com Delcídio. (Agência Estado)
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