Vice da Mendes Júnior condenado a 19 anos
Sérgio Cunha Mendes |
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos
da Operação Lava Jato em primeira instância, condenou nesta terça-feira a
cúpula da empreiteira Mendes Júnior por participação no esquema do petrolão e
impôs a Sergio Cunha Mendes, ex-diretor vice-presidente Executivo da companhia,
pena de 19 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de
corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O diretor de Óleo e Gás da empreiteira, Rogério Cunha de
Oliveira, recebeu pena de 17 anos e quatro meses, seu antecessor no cargo,
Alberto Elísio Vilaça Gomes, dez anos de reclusão, e o operador e mensaleiro
Enivaldo Quadrado foi sentenciado a sete anos e seis meses de prisão. Também
foram condenados o advogado Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto
Youssef e os ex-auxiliares de Youssef, João Procópio Prado e Carlos Alberto
Pereira da Costa.
Na sentença, Moro destacou que a atuação da empreiteira
no esquema criminoso instalado na Petrobras acabou por aumentar em 17% o valor
dos contratos e disse que os condenados devem pagar, como indenização à
estatal, 31,47 milhões de reais. A cifra equivale ao montante que a Justiça
considera ter sido pago em propina à Diretoria de Abastecimento da petroleira.
Também entre as penas impostas aos empreiteiros e
auxiliares que atuaram no propinoduto estão o confisco dos bens da GFD
Investimentos, empresa utilizada pelo doleiro Alberto Youssef nas transações
criminosas, e a proibição de Carlos Alberto Pereira da Costa, João Procópio
Prado, Enivaldo Quadrado, Sergio Cunha Mendes, Rogério Cunha de Oliveira e
Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini ocuparem cargos públicos ou funções
de direção pelo dobro da pena recebida por cada um deles. (Conteúdo/Veja.com)
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