Teatro? Ou exame de próstata?
Se tornou quase viral nas redes sociais, um vídeo
mostrando um espetáculo (?????) teatral em que aparecem vários atores e atrizes,
completamente nus, andando em círculo (rodinha) no palco, todos com o dedo,
alguns com quase toda a mão, no, digamos assim, anus do parceiro ou parceira da
frente. Falei anus por ser um cara mais velho, pois na verdade todos mencionam
um apelido mais popular daquela parte do corpo.
Trata-se, como dizem os promotores do evento, de uma
atividade cultural onde os atores, diante de uma plateia (vocês podem não
acreditar, mas tem gente que assiste e até aplaude) diminuta, é verdade, mas
interessada, não sei se no dedo ou no local onde ele está enfiado.
Li os comentários nos jornais, nos portais de notícias,
nas redes sociais e fiquei pensando se estou vivendo no tempo certo? Mesmo
correndo o risco de ser chamado de velho, coisa que não nego, e ultrapassado, não consigo assistir ao que
estou assistindo, sem ficar espantado com o que está sendo mostrado,
publicamente e, no caso, com o apoio das autoridades através de patrocínio ou
de incentivos.
Tudo, hoje em dia, é motivo para que mulheres e homens
fiquem pelados para, sob qualquer pretexto, protestarem contra alguma coisa ou
para incentivarem alguma ação de luta por direitos que julgam ter.
Antigamente, os protestos eram feitos com faixas,
cartazes e outros apetrechos, mas com todo mundo vestido. Ninguém se pelava
para mostrar sua indignação contra alguma coisa. Hoje não. Tudo é motivo para
que as pessoas tirem a roupa e digam que estão nuas para mostrar seu
descontentamento com alguma coisa.
Quando não tinha ciclovia, os ciclistas andavam pelados
pelas ruas de Porto Alegre. Quando ocuparam a Câmara de Vereadores, para protestar
contra nem sei o que, todos ficaram sem roupa, consumiram drogas e tiraram
fotos no saguão do parlamento municipal. Claro que pelados!
Se alguma autoridade decide abrir uma rua, logo aparecem
os pelados para mostrar sua contrariedade. Mulher de peito de fora, então, é o
que mais se vê. Acho que elas, as peladas, acham bonito mostrar aquilo que, no
meu tempo de jovem, imaginava como seria debaixo de um sutiã ou quase que
totalmente encoberto por uma blusa mais degotada.
Não sei se as mulheres pensam da mesma forma quando olham
para as partes masculinas mostradas livres e soltas em protestos. Imagino que
preferissem seguir imaginando como seria!
Mas, voltando ao caso do espetáculo teatral, acabei me
dando conta de que estamos no novembro azul, mês dedicado a campanha contra o
câncer de próstata. Daí, fiquei imaginando se não se trata de uma promoção do
ministério da Saúde, afinal, todos no palco, faziam o que os médicos fazem
quando vamos nos submeter ao exame de próstata.
A rodinha feita por atrizes e atores no palco, com o dedo
enfiado, desculpem, na rodinha do da frente, é demais para mim. Acho que não
merecia chegar aos meus 74 anos para assistir a tudo isso. E olhem que não me
considero um conservador. Mas tenho limites.
Tenham todos um Bom Dia!
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