segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Bom Dia!

Difícil de entender!

Desde a última sexta-feira, dia 13, o mundo está com atenções voltadas para a França. Terroristas do Estado Islâmico mataram dezenas de pessoas e feriram outras tantas. Em nome do que? Provavelmente ninguém saiba. Muitos até imaginam!

Certamente impregnados de um fanatismo doentio, terroristas islâmicos procuraram lugares onde as pessoas estavam reunidas em busca de diversão e despejaram seu ódio contra o mundo que eles não querem admitir, destruindo o que eles suponham esteja contra seu radicalismo extremo.

Muitos, nas redes sociais, se acharam no direito de emitir opinião, outros ficaram alheiros e diversos radicalizaram, principalmente em relação ao fato de alguns colocarem as cores da bandeira francesa sobre suas fotos no Facebook. Fui um deles.

Minha colocação se originou no fato de que, praticamente todos, ou todos os que se solidarizaram imediatamente com os franceses, não fizeram o mesmo quando aconteceu a tragédia em Mariana (MG), onde pessoas, incluindo várias crianças, morreram soterradas por uma lama imunda vinda da barragem de uma mineradora. Os que sentiram a dor dos mineiros, ficaram em silêncio, jamais pensaram em colocar o verde e amarelo sobre suas fotos.

Mas o que talvez não tenha conseguido deixar claro nas minhas manifestações, é que jamais tive a intenção de confrontar um episódio com o outro.

Simplesmente escrevi que as tragédias eram iguais. Se em Paris aconteceu uma tragédia fruto da intenção de terroristas de matar pessoas, em Mariana aconteceu uma tragédia fruto da irresponsabilidade de quem não cuidou, como devia, da barragem que rompeu.

Se na sua essência as tragédias são diferentes, no resultado são praticamente iguais. Se alguém tiver dúvida, que se ponha no lugar de familiares das pessoas que morreram em Paris ou em Mariana.

O que importa a partir de agora, no meu entender, é buscar um jeito de impedir que episódios como os que aconteceram em Paris, se repitam. Claro que é difícil, já que deixaram o Estado Islâmico crescer de uma forma que dificilmente alguém pode afirmar que seus líderes estejam aqui ou ali. Bombardear cidades, como fizeram os franceses no domingo, nem sempre trará resultados positivos, já que ninguém pode garantir que o objetivo, acabar com o EI, foi alcançado.

O que resta do acontecido na França, é o medo que se instalou na população e nas autoridades que, permanentemente avisam que novos ataques podem ocorrer. Não há um momento de paz e tranquilidade para quem vive lá, pois ninguém pode afirmar que, ao entrar num supermercado, numa universidade, num coletivo, não está ao lado de um terrorista.

Se é tudo muito difícil de entender, imagine a dificuldade para aceitar.

Tenham todos um Bom Dia!

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