Remédios
sobem ainda em 2015
Os
reajustes no preço dos remédios chegarão antes do esperado para o consumidor. A
pressão de custos, como energia e água, e a valorização do dólar encareceram a
matéria-prima importada. Com isso, o desconto oferecido a distribuidores e
varejistas do setor será cortado, segundo informaram diretores de indústrias
brasileiras. "Nos próximos 60 dias você vai ver que os descontos na porta
da farmácia devem desaparecer. A conta vai para o bolso do contribuinte",
disse Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, sindicato que reúne as
principais farmacêuticas do país.
A
alta nos preços costuma acontecer em abril, logo depois de o governo liberar os
aumentos. Com o aumento antecipado, o resultado será uma pressão adicional à
inflação deste ano. Quase 90% dos princípios ativos usados nos remédios são
importados. "Quando o câmbio era favorável, a indústria adotava uma
política agressiva de descontos porque a competição era muito forte. Enquanto o
câmbio estiver neste patamar alto, é legítimo que a indústria vá ao
distribuidor negociar e reduzir esse desconto", disse Paulo Bernardo,
diretor da Interfarma, associação que reúne as multinacionais.
Desde
2003, quando foi definida uma política de controle de preços, o teto dos
valores de tabela determinados pelo governo não costuma chegar ao consumidor.
Isso acontece porque a concorrência entre empresas sempre estimulou a prática
de descontos. No entanto, a crise fez com que esse procedimento ficasse para
trás. "Isso [o aumento] será repassado para o preço. A farmácia não tem
muita margem de manobra", diz Sergio Mena Barreto, presidente da
Abrafarma, associação que reúne grandes redes.(Com Veja.com)
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