Será que alguma coisa vai mudar?
O fracasso do governo Dilma Rousseff (PT), as divisões na
oposição em Porto Alegre, colocam ingredientes importantes na luta pela
conquista da prefeitura em 2016.
A situação, ou seja, o atual governo tem na figura do
vice Sebastião Melo (PMDB), o nome forte para suceder José Fortunati. A questão
se resume em quem será o vice de Melo.
O atual vice-prefeito sonha com um nome do PDT, o que
parece também ser o sonho de Fortunati. Mas o PDT também pensa em lançar
candidato próprio e já fala nos nomes de Vieira da Cunha, secretário de
Educação do Estado e do senador Lasier Martins. Caso opte por ser vice na chapa
de Melo, os pedetistas podem escolher, muito provavelmente, entre Juliana
Brizola e André Machado.
Na oposição, a situação é diferente e bem mais
diversificada. O PSDB terá dificuldades internas, caso decida concorrer com
candidatura própria, para escolher entre o deputado Nelson Marchezan Júnior e a
ex-governador Yeda Crussius. Ambos, parece, sonham com o Paço Municipal.
O PP, mesmo integrando a base do governo municipal,
deverá lançar candidato próprio. Os progressistas só não sabem se optam pelo
vereador Kevin Krieger, nome forte no partido, ou pelo atual deputado e que
representa uma facção mais jovem do PP, Marcel Van Hattem.
No PSB, a possibilidade, embora remota, é a indicação de
Beto Albuquerque. Mesmo sendo um nome muito forte, é difícil que Beto queira
disputar a prefeitura, mas é uma possibilidade.
Enquanto isso, no DEM o nome do deputado federal Onix
Lorenzoni, parece ser uma indicação natural. Ele tem disputado,
invariavelmente, praticamente todas as eleições majoritárias.
É claro que todo o quadro acima, refere-se ao primeiro
turno. Caso haja uma segunda etapa nas eleições para a prefeitura, o quadro
muda consideravelmente e os apoios dependerão de acertos futuros.
Na oposição, praticamente tudo gira em torno do nome da
deputada Manuela D’Avila, do PCdoB. A comunista, além de seu partido, espera o apoio do PT,
cujo presidente já demonstrou intenção de unificar a campanha, apoiando
Manuela, e do PTB, uma incógnita até agora. Mesmo assim, os petistas não descartam os nomes de Raul Pont, Henrique
Fontana e Maria do Rosário.
Entregar a cabeça da chapa, no entanto, não faz parte da
história do PT, o que se torna um fator complicador para a comunista Manuela D’Avila.
Por outro lado, a chamada esquerda já pode descartar o
apoio inicial do PSOL. O partido já lançou a candidatura de Luciana Genro.
Claro que estamos há um ano da eleição municipal, mas
diante do quadro político que se apresenta, será que alguma coisa vai mudar até
lá? Pode ser.
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