terça-feira, 20 de outubro de 2015

Bom Dia!

Saudades do professor!

Essa é a última foto que tiramos juntos.
Hoje faz um ano que o Dila nos deixou. Ele foi e ficou a saudade dele e de tudo o que ele representou na minha vida. Mas não precisava partir tão cedo, professor. A gente ainda tinha muita coisa para conversar, para discutir, para viver.

O Dilair viveu intensamente até que começou a cansar de uma solidão que se autoconcedeu a partir de um certo tempo. Foi viver em Balneário Gaivota onde passou o resto de seus dias e plantou, como fez por onde passou, amizades que devem estar sentindo hoje a mesma saudade que eu sinto.

Estive lá uma semana antes dele partir. Conversamos e até pensamos na possibilidade dele voltar a Porto Alegre. Não deu tempo. Uma semana depois, na madrugada, quem sabe sua hora preferida do dia, partiu deixando um vazio que, mesmo depois de um ano, é difícil de ser preenchido.

Deixou uma filha e dois netos lindos. Deixou seus cadernos de letras, seus discos de karaokê, seu amor pelo Grêmio e hoje deve estar em outro plano, quem sabe dando risada deste meu texto difícil de escrever.

Fiquei com uma aliança que ele usava e que adotei para minha mão direita. A bengala, sua companheira de caminhadas pelas ruas do Balneário Gaivotas, está no meu escritório. Duas lembranças dele que fazem parte do meu dia-a-dia.

Escrever lembrando do Dila é uma coisa extremamente complicada. A saudade faz com que as lágrimas cheguem facilmente aos olhos de um velho chorão como eu e molhem o mesmo teclado onde tantas vezes escrevi recados e mensagens para meu velho e querido irmão.

Foi embora o Dilair, deixando aqui o amor que tenho certeza absoluta é o mesmo que sentia por mim. Deixou exemplos de como viver e fazer amigos, deixou apertados os corações de muita gente, principalmente as que conviveram com ele ‘na Gaivota’.

Sabe, professor, eu daria tudo na vida para seguir ‘brigando contigo’ cada vez que eu falasse mal do Grêmio e tu do Inter. Sabe que, lá no fundo, quando o Grêmio ganha, eu chego a vibrar sabendo o quanto estarias feliz.

Pena que hoje eu esteja aqui, sozinho e curtindo a imensa saudade que ficou com a tua partida. Mas é a vida, professor. Ela nos proporcionou uma convivência de mais de 70 anos e hoje me faz lembrar de ti com uma imensa saudade.

Um beijo e um abraço bem apertado, meu velho e querido Dilair.

Tenham todos um Bom Dia!

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