quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Bom Dia!

Melhor ou pior?

A grande dúvida, para muitos, é se as mudanças no ministério serviram para qualificar a equipe, para piorar ou se serviram apenas para salvar a presidente de uma enrascada feia nas votações do Congresso.

Uma rápida conferida nas trocas, dá para, sem muito esforço, notar que prevaleceram os atributos políticos partidários de cada um dos novos integrantes. Técnicos, como Chioro na Saúde e Janine Ribeiro, na Educação, foram ou serão substituídos por políticos. 

No Ministério da Saúde, por exemplo, em troca anunciada por telefone, Arthur Chioro, que desenvolvia um papel importante como técnico e pessoa entrosada com o assunto, deverá assumir um político do PMDB. Um deputado, inclusive suspeito de participação em grupos de extermínio, é um dos indicados. No caso da saúde, então, já dá para se ver que a troca não será nada proveitosa para a área.

Na pasta da Educação, onde foi colocado, cinco meses atrás, o filósofo Renato Janine Ribeiro, depois de ampla campanha de apelo nas redes sociais, sai para a entrada de um político carne e unha com a presidente. Aloizio Mercadante deixa a Casa Civil, mesmo contra a vontade de Dilma, e vai para a educação, onde já esteve antes. Troca desvantajosa para o setor.

Na Casa Civil, fica clara a interferência do ex-presidente Lula. Para lá, vai o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, homem de extrema confiança de Luiz Inácio. Ex-governador da Bahia, o petista vai cuidar da intimidade do Planalto como olho bem aberto de Lula. Uma troca vantajosa para Lula e sua intenção de voltar á presidência.

Para o lugar dele, na Defesa, quem assume é o comunista Aldo Rebelo, que é apadrinhado da presidente. A indicação de Rebelo já despertou a ira de muitos brasileiros que, nas redes sociais, manifestaram sua indignação com a nomeação de um comunista para a pasta da Defesa. A troca, no caso, mais desagrada do que propriamente agrada, a não ser a presidente Dilma.

No ministério das Comunicações, outro apadrinhado de Dilma, só que do PDT, André Figueiredo, vai para o lugar de Ricardo Berzoini (PT). Figueiredo ocupa a vaga que pertencia ao PDT e que ficaria livre com a saída de Manoel Dias da pasta do Trabalho. Ressalte-se que Berzoini, outro fiel aliado de Lula, vai para a nova Secretaria de Governo, junção da Secretaria Geral e Relações Institucionais. Mais uma troca vantajosa para Lula, que se fortalece cada vez mais como “presidente adjunto”.

A relação de pastas que perdem o status de ministério, mostra claramente o quanto se desperdiçou em verbas que poderiam ser aproveitadas em outros programas, simplesmente para que companheiros de partido fossem aproveitados em cargo com maior remuneração. Deixam de ter status de ministério o Gabinete de Segurança Institucional, Controladoria Geral da União, Ministério da Pesca, Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria de Assuntos Estratégicos e Secretaria de Micro e Pequenas Empresas.

Com as mudanças, o PT que tinha 17 ministérios, ficará com 11, enquanto o PMDB, que tinha seis, terá sete. Os demais partidos da base aliada permanecem com uma pasta cada um.

Para os petistas gaúchos, resta a expectativa de saber se Miguel Rosseto será confirmado no Ministério da Cidadania ou se a vaga será da baiana Moema Gramacho.

Um deputado petista, já esbravejou: “Se a Dilma fizer isso (nomear Moema) não vai ter ninguém para recebe-la quando for ao Rio Grande do Sul. Então que o PMDB receba a presidente no Estado."

Minha opinião sincera é de que o ministério da presidente Dilma, principalmente para atender aos interesses de Lula, ficará muito pior do que está. Mas vamos aguardar.

Tenham todos um Bom Dia!

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