quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Bom Dia!

O berro dos inconformados!

Nem precisaria dizer o que já disse tantas vezes, mas vou repetir até para não permitir que os menos avisados tentem me chamar daquilo que não sou. Não sou a favor de aumento de impostos. Não sou a favor do parcelamento de salários. Nem no município, nem no Estado e nem no Brasil. Sou contra.

Mas não consigo ser cego e surdo diante da realidade econômica que tomou conta, principalmente do Brasil e que se espalhou por estados e municípios.

Estamos vivendo, em todos os níveis, uma situação de calamidade com governantes sem nenhuma possibilidade de administrar os parcos recursos que sobram, se é que sobram, no fundo dos cofres públicos.

Tanto é verdade, que o governo federal enviou na tarde de ontem (22) uma PEC recriando a CPMF, ou seja, um imposto que será pago por todos os brasileiros. Ao mesmo tempo, criou uma série de impostos que se refletirão ainda mais nos já exauridos bolsos dos contribuintes.  

A posição da presidente Dilma Rousseff (PT) e seus assessores, deixa claro que não existe outra saída para conseguir tapar o rombo econômico a não ser a criação de novos tributos. Vão buscar dinheiro de onde? Coitado do contribuinte, que sempre acaba pagando por erros que não cometeu.

Aqui no Estado, não é diferente. O governador José Ivo Sartori (PMDB) parcelou o salário do funcionalismo e mandou para a Assembleia Legislativa um pacote de medidas incluindo o aumento de 1% no ICMS. Avisou, inclusive, que se o aumento não fosse concedido, não conseguiria pagar, nem parceladamente, o salário do funcionalismo no próximo mês.

Depois de muita confusão, muita briga, muita greve, os deputados gaúchos aprovaram, com a diferença mínima, o aumento do tributo. Foram 27 votos favoráveis e 26 contra, com o governo contando com votos de dois deputados que foram exonerados momentaneamente de secretarias que ocupam no governo e assumiram suas cadeiras no Legislativo. Uma manobra absolutamente comum, que alguns não entendem assim, em qualquer votação de interesse do governo. Ou será que foi a primeira vez que isso foi feito?

A bancada do PDT, que se manifestou contrária ao aumento, condicionou seu voto ao aceite de um prazo determinado para a vigência do aumento do ICMS. Atendida em sua reivindicação, votou favoravelmente. Alguma irregularidade nisso?

Hoje pela manhã, quando vinha para o Centro, ouvi um programa de uma emissora que pertence a uma empresa que tem feito campanha sistemática contra o Sartori, única e exclusivamente por não ter sido beneficiada com as gordas verbas publicitárias do Estado. Confesso que chegou a ser ridículo o jogral feito pelos apresentadores enquanto informavam quem votou a favor e quem votou contra. Desesperados para cumprir uma possível determinação superior, usaram todo o tipo de argumentos para tentar provar que estavam certos e que se consideravam superiores aos que são contra o aumento de impostos. Ridículos.

Aliás, falando em se posicionar contra o aumento de impostos, achei interessante que um deputado do PT, durante a discussão sobre a matéria, indagado por um peemedebista se ele, que era contra o aumento do ICMS aqui, era favorável ao aumento da CPMF, ofereceu uma resposta no mínimo estapafúrdia. Disse o petista que “o aumento do ICMS era para salvar um governador, diferente da CPMF que é para salvar o Brasil”. Cara de pau ele, não?

A se concretizar o que disse o governador, com a aprovação do aumento do ICMS, os salários dos servidores serão pagos integralmente. Mas que as reclamações e protestos seguirão, não tenham dúvidas. Reclamar faz parte do DNA de alguns.

Desliguei o rádio e fiquei matutando sobre o que diziam os apresentadores e concluí que se tratava do berro dos inconformados.

Tenham todos um Bom Dia!

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