terça-feira, 22 de setembro de 2015

Bom Dia!

O gringo terá que ceder!

Feitas as contas, fica provado que o governo não tem o número suficiente de votos para aprovar o aumento do ICMS nos termos que deseja. Para a equipe econômica do governo, o aumento deveria ser por tempo indeterminado, ou seja, até que as finanças estaduais tomem um rumo que, se não for definitivo, pelo menos amenizará a situação caótica do momento.

A bancada do PDT, que é aliada do governo, deseja que o aumento prevaleça por três anos, enquanto o governador já admite que o aumento vigore, no mínimo, por quatro anos, o que ajudaria momentaneamente. A questão deve estar sendo resolvida agora de manhã, mas o mais provável é que passe o aumento por quatro anos, permitindo que o próximo governador tenha, pelo menos, um ano para tentar manter o aumento ou procurar alternativa.

Sem querer usar como justificativa em defesa do aumento, não me parece demais, lembrar que alguns estados já cobram alíquotas de 18% de ICMS. É o caso do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. No Rio de Janeiro, o índice é de 19%.

Sobre o assunto, ouvi hoje pela manhã, uma entrevista do prefeito de Giruá, vice-presidente da Famurs, admitindo que mesmo sendo contra o aumento de impostos, não enxerga outra saída para o Rio Grande do Sul, que não seja a elevação da alíquota do ICMS. Para o prefeito, a situação dos municípios gaúchos é tão trágica e, em alguns casos, até pior que a do Estado.

Enquanto isso, manifestantes estão nas ruas desde cedo prejudicando o trânsito e impedindo que pessoas chegassem normalmente a seus locais de trabalho. Mesmo com toda a chuva que cai sobre a Capital nos últimos dias, e que se acentuou na manhã de hoje, sindicalistas, professores, brigadianos e policiais, entre outros, ocupam as principais vias do Centro Histórico e se concentram num acampamento montado na Praça da Matriz, em frente ao Palácio e ao prédio da Assembleia Legislativa. Querem pressionar deputados para que não aprovem o aumento e outros projetos encaminhados pelo governo.

Mas o governador José Ivo Sartori já declarou que, sem o aumento do ICMS, dificilmente haverá dinheiro para pagar o salário no mês que vem, nem mesmo em parcelas. Daí sou obrigado a imaginar que os funcionários ficarão em greve por tempo indeterminado, mas sem dinheiro no bolso o que, no meu entender, resolve muito pouco ou quase nada. Se é certo que o governo tem obrigação de pagar o salário do funcionalismo, também é certo que o dinheiro para o pagamento deva vir de algum lugar. A intransigência, neste caso, me parece ser a pior solução. Mas respeito quem pensa o contrário.

A verdade é que o gringo terá que ceder e aceitar reduzir o tempo de vigência da nova alíquota de ICMS. Não seria a hora do outro lado também ceder em alguma coisa e procurar uma solução que, além do prejuízo pessoal, acaba criando problemas para quem tem muito pouco, ou quase nada, a ver com a situação? Afinal, se houver aumento de ICMS, vamos pagar mais caro pela energia elétrica, combustíveis e telecomunicações, para que o governo tenha dinheiro para pagar o funcionalismo, nada mais do que isso.

Tenham todos um Bom Dia! 

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