segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Bom Dia!

Se for assim, eu sou coxinha!

Como já havia dito aqui mesmo, participei ontem (16) da manifestação realizada no Parcão e que fez parte de um movimento que aconteceu em mais de 200 cidades do Brasil. Em todas as capitais e em algumas das grandes cidades brasileiras, milhares de pessoas foram para a rua protestar contra o que está ocorrendo no Brasil, indignados com a corrupção e a mentira que estão instaladas no governo.

Quem lê meus comentários, sabe perfeitamente que não defendo intervenção militar, não defendo impeachment e, muito menos, qualquer tipo de golpe contra a democracia. Tenho deixado bem claro que não faço parte desse grupo.

O que defendo é o fim da corrupção, da roubalheira, das mentiras, da desfaçatez, da prepotência, da tentativa de alguns de esconder a realidade, querendo convencer a todos que o que existe não existe e que está tudo bem no Brasil.

Quando cheguei em casa e fui dar uma olhada nos noticiários e nas redes sociais, fiquei impressionado com os que, de alguma forma, tentavam diminuir a importância das manifestações ocorridas durante todo o dia, em todo o Brasil.

Sem noção, os fanáticos de sempre, pregavam contra aquilo que até o governo admite, ou seja, a insatisfação dos brasileiros com o atual estado de coisas, fruto da incompetência governamental, das falsas promessas e da realidade que aflorou depois que se esgotaram os recursos para manter o populismo instalado pelo governo petista.

Antes, no sábado, li muitos comentários de gente que afirmava que não compareceria por não aceitar que fosse defendida a intervenção militar. Outros alegavam que não eram PT, não apoiavam a Dilma, mas que não eram PSDB também. Mesmo assim, não iriam por não concordar, por exemplo, com o pedido de impeachment da presidente.

Alguns não devem ter se dado conta de que espalhar que o movimento era por uma intervenção militar ou por algum tipo de golpe, foi uma estratégia muito bem montada pelos governistas para enfraquecer a onda de protestos. Não conseguiram, embora tenham tirado alguns desavisados das ruas, aqueles que preferiram ficar em casa alegando inconformidade com os motivos do protesto.

Pena que perderam de ver o povo brasileiro, em sua grande maioria, manifestando sua inconformidade com a presidente Dilma, pedindo a prisão de Lula, o fim do PT e elogiando o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

Só para dar uma ideia do que aconteceu ontem, aqui em Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas estiveram no Parcão, participando dos protestos. Uma multidão que não aguenta mais o que está acontecendo no Brasil.

Enquanto isso, na Cidade Baixa, um grupo realizava um “coxinhaço”, ou seja, vendia coxinhas de frango assadas, por R$ 2 cada uma. Conseguiram juntar meia dúzia de pessoas, praticamente as mesmas de sempre, facilmente identificáveis. Nada mais. 

Em São Paulo, enquanto 350 mil ocupavam a Avenida Paulista, mais ou menos 600 militantes, conduzidos por ônibus pagos pela CUT e alimentados com churrasquinho e bebidas pagas por não se sabe quem, discutiam, sentados em sofás confortáveis montados sobre um palco, o “fenômeno coxinhas”.

Fiquei pensando que só quem chama os que não se conformam com o péssimo governo que temos, com os escândalos na Petrobras e muitos outros órgãos públicos, de coxinhas, reacionários e golpistas, são os que, de alguma forma, dependem do governo, de uma ou outra maneira.

Pois vou encerrar dizendo uma coisa; se for assim, então que sigam me chamando de tudo isso. Eu sei que não sou, que tenho ideias próprias e defendo o que acho verdadeiro, mas se alguns entendem que quem pensa assim é coxinha, então eu sou.


Tenham todos um Bom Dia!

Música: Romaria
Intérprete: Elis Regina
Pedidos: Augusto Souza, Maria Clara e José Leal.


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