Se for assim, eu sou coxinha!
Como já havia dito aqui mesmo, participei ontem (16) da
manifestação realizada no Parcão e que fez parte de um movimento que aconteceu
em mais de 200 cidades do Brasil. Em todas as capitais e em algumas das grandes
cidades brasileiras, milhares de pessoas foram para a rua protestar contra
o que está ocorrendo no Brasil, indignados com a corrupção e a mentira que
estão instaladas no governo.
Quem lê meus comentários, sabe perfeitamente que não
defendo intervenção militar, não defendo impeachment e, muito menos, qualquer
tipo de golpe contra a democracia. Tenho deixado bem claro que não faço parte
desse grupo.
O que defendo é o fim da corrupção, da roubalheira, das
mentiras, da desfaçatez, da prepotência, da tentativa de alguns de esconder a
realidade, querendo convencer a todos que o que existe não existe e que está
tudo bem no Brasil.
Quando cheguei em casa e fui dar uma olhada nos
noticiários e nas redes sociais, fiquei impressionado com os que, de alguma
forma, tentavam diminuir a importância das manifestações ocorridas durante todo
o dia, em todo o Brasil.
Sem noção, os fanáticos de sempre, pregavam contra aquilo
que até o governo admite, ou seja, a insatisfação dos brasileiros com o atual
estado de coisas, fruto da incompetência governamental, das falsas promessas e
da realidade que aflorou depois que se esgotaram os recursos para manter o
populismo instalado pelo governo petista.
Antes, no sábado, li muitos comentários de gente que
afirmava que não compareceria por não aceitar que fosse defendida a intervenção
militar. Outros alegavam que não eram PT, não apoiavam a Dilma, mas que não
eram PSDB também. Mesmo assim, não iriam por não concordar, por exemplo, com o
pedido de impeachment da presidente.
Alguns não devem ter se dado conta de que espalhar que o
movimento era por uma intervenção militar ou por algum tipo de golpe, foi uma
estratégia muito bem montada pelos governistas para enfraquecer a onda de
protestos. Não conseguiram, embora tenham tirado alguns desavisados das ruas,
aqueles que preferiram ficar em casa alegando inconformidade com os motivos do
protesto.
Pena que perderam de ver o povo brasileiro, em sua grande
maioria, manifestando sua inconformidade com a presidente Dilma, pedindo a
prisão de Lula, o fim do PT e elogiando o juiz Sérgio Moro, responsável pela
Operação Lava Jato.
Só para dar uma ideia do que aconteceu ontem, aqui em
Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas estiveram no Parcão, participando dos
protestos. Uma multidão que não aguenta mais o que está acontecendo no Brasil.
Enquanto isso, na Cidade Baixa, um grupo realizava um “coxinhaço”,
ou seja, vendia coxinhas de frango assadas, por R$ 2 cada uma. Conseguiram
juntar meia dúzia de pessoas, praticamente as mesmas de sempre, facilmente
identificáveis. Nada mais.
Em São Paulo, enquanto 350 mil ocupavam a Avenida
Paulista, mais ou menos 600 militantes, conduzidos por ônibus pagos pela CUT e
alimentados com churrasquinho e bebidas pagas por não se sabe quem, discutiam,
sentados em sofás confortáveis montados sobre um palco, o “fenômeno coxinhas”.
Fiquei pensando que só quem chama os que não se conformam
com o péssimo governo que temos, com os escândalos na Petrobras e muitos outros
órgãos públicos, de coxinhas, reacionários e golpistas, são os que, de alguma
forma, dependem do governo, de uma ou outra maneira.
Pois vou encerrar dizendo uma coisa; se for assim, então
que sigam me chamando de tudo isso. Eu sei que não sou, que tenho ideias próprias
e defendo o que acho verdadeiro, mas se alguns entendem que quem pensa assim é
coxinha, então eu sou.
Tenham todos um Bom Dia!
Música: Romaria
Intérprete: Elis Regina
Pedidos: Augusto Souza, Maria Clara e José Leal.
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