Renan diz que estuda mover processo contra operação que
atingiu senadores
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na manhã desta
quarta-feira (15) que a Casa estuda mover um processo contra a operação de
busca e apreensão realizada na última terca-feira (14) no curso da Operação
Lava Jato que envolveu três senadores. O peemedebista disse que deve citar essa
possibilidade no encontro que pretende marcar em breve com o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. "Está sendo estudado.
E pretendo (mencionar isso no encontro com o Supremo)", destacou Renan, na
saída da reunião da posse dos membros do Conselho de Comunicação Social do
Congresso.
Mais cedo, Renan já havia
mencionado que quer conversar com Lewandowski sobre a atual
"conjuntura". "Acho que os Poderes, mais do que nunca, eles
precisam estar voltados para as garantias individuais e coletivas", disse
Renan, na chegada ao Congresso.
Nessa terça-feira, o presidente do
Senado já havia criticado a ação da Polícia Federal, avalizada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizada pelo Supremo, que
fez uma batida contra o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), o presidente do
PP, Ciro Nogueira (PI) e o ex-ministro de Dilma, Fernando Bezerra (PSB-PE).
Em nota lida no plenário no início
da noite da terça-feira (14) , Renan disse que a batida da PF "beira a
intimidação", classificou-a de "invasão" e reclamou ainda do
fato de a Polícia Legislativa não ter acompanhado a operação.
"Causa perplexidade alguns
métodos que beiram a intimidação", acusou Renan. "Buscas e apreensões
sem a exibição da ordem judicial, e sem os limites das autoridades, que a estão
cumprindo, são invasão. São uma violência contra as garantias constitucionais
em detrimento do Estado Democrático de Direito", afirmou Renan, que
responde a três inquéritos no STF sobre a Lava Jato, mas não foi alvo das ações
da última terça-feira (14). (Agência Estado)
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