Eduardo Cunha autoriza
CPIs
Não demorou muito e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), já colocou em prática na tarde desta sexta-feira o seu primeiro ato
no papel de oposicionista: autorizou a instalação de CPIs (comissão parlamentar
de inquérito) que causam pavor no governo. As duas frentes devem investigar
empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
os fundos de pensão de bancos públicos e estatais.
Os
requerimentos de criação das CPIs foram apresentados em abril deste ano pelos
partidos de oposição - PSDB, DEM e PPS - e aguardavam a ordem de instalação
para entrar em funcionamento. Para viabilizar as comissões - estavam no 7º e 8º
lugar na fila, sendo que apenas cinco podem funcionar ao mesmo tempo -, o
peemedebista arquivou outras propostas de CPI: a do setor elétrico, de
violência contra as mulheres, desabastecimento de água e telefonia móvel.
A CPI do
BNDES pretende apurar os empréstimos secretos concedidos pelo banco a outros
países, como Angola e Cuba, e os repasses feitos a empresas de fachada que
foram alvo de denúncia na operação Lava Jato. Entre 2003 e 2014, o BNDES
concedeu financiamentos de pelo menos 2,4 bilhões de reais a essas
empreiteiras.
Já a outra
CPI visa apurar a aplicação de recursos destinados a quatro fundos de pensão:
Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Fundação Petrobras de Seguridade
Social (Petros), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil
(Previ) e Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).
Conforme requerimento apresentado pela oposição, há a suspeita "de que
houve má-fé na gestão do patrimônio desses fundos".
Eduardo
Cunha também deu aval nesta sexta a outras duas CPIs: para investigar crimes
cibernéticos e maus tratos a animais.(Fonte: veja.com)
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