terça-feira, 12 de maio de 2015

Obras em infraestrutura

Governo refaz pacote com dobro do valor


Trecho da BR 262
Para destravar os investimentos e tentar deixar para trás a agenda negativa enfrentada pela presidente Dilma Rousseff (PT) desde o início do ano, o Palácio do Planalto lançará nos próximos dias um novo plano de concessões e investimentos na área de infraestrutura, estimado em R$ 150 bilhões. Será a segunda aposta do governo Dilma para tirar do papel uma série de obras apontadas como fundamentais para a logística de transporte do país. A primeira tentativa ainda engatinha, com resultados inexpressivos. O Programa de Investimento em Logística (PIL) foi lançado em agosto de 2012 e previa, em cinco anos, investimentos de R$ 79 bilhões em ferrovias e rodovias que seriam entregues à iniciativa privada. Até agora, foram gastos no programa, segundo o Ministério dos Transportes, apenas R$ 2,2 bilhões.
Os principais problemas enfrentados pelo governo para desencalhar as obras incluídas no PIL foram os atrasos no início do programa, que, após o anúncio, demorou um ano para lançar as licitações, e a falta de interesse de empresas nas propostas apresentadas pelo governo. Segundo a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) – criada para gerenciar os novos investimentos –, o objetivo principal do programa era articular as principais cadeias produtivas do Brasil por meio da integração de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Para os investimentos em rodovias, o governo previa obras de duplicação e melhorias em nove trechos que englobam 13 rodovias federais, com gastos de R$ 23,5 bilhões até 2017. Já para as ferrovias, estava programada a construção de 12 trechos interligando as principais regiões produtivas do país e também reativar o transporte de passageiros em alguns trechos, como Belo Horizonte–Salvador. Por meio de nota, o Ministério dos Transportes informou que ainda não foram realizados leilões para obras em ferrovias, que dependem de estudos, audiências públicas e análises do Tribunal de Contas da União (TCU) para serem lançados editais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário